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Valancina, valencinapano fino de lã fabricado no Reino de Valença, Espanha. Fontes: Viterbo, 1983-1984, vol. II, p. 623; Machado, 1996, vol. IV, p. 526; Moraes, 1999, vol. I, p. 425; Lexicoteca, 1985, vol. II, p. 1525. CO 

 

Valenciana – renda francesa fabricada em Valenciennes || espada fabricada em Valência. Fontes: Lexicoteca, 1985, vol. II, p. 1525; Moraes, 1999, vol. I, p. 424. CO

 

Vallo, valo – trincheira, vala, cerca. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. VIII, p. 356. LR

 

Vara – haste de uma árvore || medida de comprimento que equivale a 1,10 metros || conjunto de porcos || parte mais elevada de um castelo. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. VIII, p. 362; Barroca, 1992, p. 55. LR

 

Vazar o ventre – laxar. Fonte: Roque, 1979, p. 329. LR

 

Veia basilia – veia da mão também chamada régia, por ser importante quando nela se sangravam as afecções do fígado. Fonte: Roque, 1979, pp. 336-337. LR

 

Veia da arca – veia interna que contém o sangue dos pulmões e do coração. Fonte: Roque, 1979, p. 342. LR

Vela votiva – vela de pequena ou média dimensão, colocada junto de uma figura religiosa; por exemplo, usada pelas mordomas das festas de Viana como símbolo de pureza. Fonte: Thesaurus, 2004, p. 133. AR

Veludo – tecido de seda ou de algodão, liso ou raso de um lado e do outro coberto de pêlos levantados muito juntos que estão seguros pelos fios da teia. Fonte: Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, 1981, vol. 34, p. 518. MD
 

Vendeiro – o mesmo que taberneiro. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. VIII, p. 394. LR

Ventó, bentó, benté – peça móvel vinda da Índia acharoada, semelhante a um escritório com uma só porta || grande escritório ou pequeno contador oriental. Fonte: Dalgado, 1983, p. 153. CO

 

Ventosa – vaso geralmente de vidro de fundo largo e gargalo estreito que se aplica na pele para extrair os humores que estão entre a pele e a carne || espécie de chapéu que se assemelhava àquele vaso de vidro. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. VIII, p. 408, Suplemento I, p. 281; Moraes, 1813, vol. II, p. 841. LR

Vergel – pomar com árvores de fruto; horto. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. VIII, p. 439; Moraes, 1813, vol. II, p. 845. LR

 

Vermelhão – forma corada do rosto || substância tintureira || cinábrio mineral que se retirava das minas de azougue e que era usada pelos pintores || maquilhagem feminina. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. VIII, p. 443. LR

 

Verruma – instrumento de ferro que serve para fazer furos na madeira; broca. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. VIII, p. 447; Moraes, 1813, vol. II, p. 846. LR 

 

Verrumão, verrumaõ, verrumam – verruma grossa, mas mais delgada que o trado || ave com um esporão que girando as asas consegue abrir buracos na madeira. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. VIII, p. 447; Moraes, 1813, vol. II, p. 846. LR

 

Vertugarda, verturgadin – vestido característico da moda francesa que aparece no reinado de Luís XIV, mantendo-se durante muito tempo; utilizava armações de metal ou junco revestidas de tecido, fixadas à cintura, sobre as ancas, alargando desmesuradamente esta zona do corpo. Fonte: Freire, 2001, vol. I, p. 181; vol. II, p. 293. CO

 
Vessada – campo, lameiro, prado que se lavara e cultiva e cuja grandeza corresponde a uma geira de terra II designação dada a certos prédios de cultivo II terra fértil e regadia II terra que uma junta de bois lavra num dia. Fontes: Viterbo, 1798, p. 399; Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, 1981, vol. 34, p. 808. MD
 

Vestes corais – veste episcopal constituída por batina encarnada, roquete e murça. Fonte: Sá, 2004, p. 159. CO

 

Vestes planas – veste sacerdotal constituída por batina avivada e romeira. Fonte: Sá, 2004, p. 159. CO

 

Vestia – jaqueta, casaco curto que não se ajusta à cintura. Fonte: Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, 1981, vol. 34, p. 812. MD

 

Vestido de imagem – conjunto de peças de roupa que se deviam vestir a uma imagem religiosa. IS 

 

Vesugo, besugo – pequeno peixe do mar alto que se assemelha ao cachucho. Em Setúbal dão-lhe o nome de Maçaiote. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. VIII, p. 460. LR

Véu de noiva – pedaço de seda muito fina e transparente com que as mulheres cobrem o rosto ou que utilizam preso ao toucado e caído pelas costas. Fonte: Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, 1981, vol. XXXIV, p. 842. AR

 

Vezar, vezár, avezar, avezár – habituar, acostumar. Fontes: D. Duarte, 1986, p. 65; Bluteau, 1712-1728, vol. VIII, p. 464; Moraes, 1813, vol. II, p. 848; vol. I, p. 241. AR

Viado – pano riscado, com listas. RF

 

Viado d’Ipre – pano. Fonte: Viterbo, 1983-1984, vol. II, p. 629. CO

 

Vianda – comida; coisas de comer || carne com a qual se ceva uma ave de rapina. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. VIII, p. 469; Moraes, 1813, vol. II, p. 849; D. Duarte, 1942, p. 72. LR

 

Viático – no Hospital das Caldas era provimento de carne de carneiro, pão e vinho que se dava aos religiosos quando iam despedidos da Casa. Fonte: São Paulo, 1968, vol. III, p. 480. LR

 

Vigairaria – ofício ou território de um vigário. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. VIII, p. 485. LR

 

Vigie com alegria – expressão que significa estar acordado e alegre. Fonte: Roque, 1979, p. 155. LR

 

Vinagre – era usado para combater a peste, ministrado na bebida ou comida, usado lavagem do corpo, ou em inalações embebido em esponjas ou miolo de pão. Também era utilizado na desinfestação de paredes, móveis, roupas de cama e corpo. Fonte: Roque, 1979, p. 155. LR

 

Vinagreira – vaso onde se coloca o vinagre || espécie de plantas ácidas ao gosto, refrescantes e diuréticas || o mesmo que azedas. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. VIII, p. 495. LR

 

Vinhago – o mesmo que vinhas. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. VIII, p. 502; Moraes, 1813, vol. II, p. 855. LR

 

Vinho a martelo – vinho malfeito ou adulterado. Fonte: Lexicoteca, 1985, vol. II, p. 1584. CO

 

Vinho abafado - jeropiga forte || vinho, cuja fermentação se suspendeu através do álcool ou de ácido sulfuroso. Fonte: Lexicoteca, 1985, vol. II, p. 1584. CO

 

Vinho carrascão – vinho áspero, grosso e travesso. Fonte: Lexicoteca, 1985, vol. II, p. 1584. CO

 

Vinho das barcas ou barquas – vinho trazido pelas barcas no Douro para ser vendido no Porto. Fonte: Viterbo, 1983-1984, vol. II, p. 633. CO

 

Vinho de arbusto – vinho fabricado com uvas de uveiras. Fonte: Lexicoteca, 1985, vol. II, p. 1584. CO

 

Vinho de cutelo, vinho de cutello – vinho colhido da própria lavra || equivalente ao actual vinho a martelo. Fonte: Viterbo, 1983-1984, vol. II, p. 633. CO

 

Vinho de losna – absinto. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. V, p. 183; Chernoviz, 1890, p. 22. LR

 

Vinho doce – vinho feito de uva muito madura. Fonte: Lexicoteca, 1985, vol. II, pp. 1584-1585. CO

 

Vinho donzel – vinho puro. Fonte: Lexicoteca, 1985, vol. II, p. 1585. CO

 

Vinho enforcado – o mesmo que vinho de arbusto. Fonte: Lexicoteca, 1985, vol. II, p. 1584. CO

 

Vinho generoso – vinho de alta graduação e antiguidade. Fonte: Lexicoteca, 1985, vol. II, p. 1585. CO

 

Vinho judeu – bebida alcoólica fabricada em Diu com arroz e ervas doces. Fonte: Machado, 1996, vol. IV, p. 591. CO

 

Vinho mole – mosto. Fonte: Viterbo, 1983-1984, vol. II, p. 634. CO

 

Vinho palhete vinho tinto pouco curado e muito transparente; vinho cor de palha, entre vermelho e branco. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. VI, p. 201; Machado, 1996, vol. IV, p. 59; Moraes, 1999, vol. V, p. 477. CO

 

Vinho relego – é o vinho proveniente dos reguengos ou das terras d’El-Rei que não se podiam vender. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. VII, p. 218. LR

 

Vinho surdo – vinho de elevado teor alcoólico que dá força aos vinhos mais fracos. Fonte: Lexicoteca, 1985, vol. II, p. 1585. CO

 

Vintém – antiga moeda de prata ou cobre mandada lavrar pela primeira vez por D. Afonso V; valia 20 reis de cobre || peixe. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. VIII, p. 508; Salgado, 1996, p. 539. LR

Viola – instrumento musical de cordas || o mesmo que violetas. Segundo Plínio a seguir às rosas não há flor mais aromática e mais benéfica para a saúde. Estas flores normalmente são conotadas com o conhecimento || peixe dos mares do Brasil ao qual os portugueses deram o nome de viola por se assemelhar ao instrumento musical. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. VIII, p. 508; Moraes, 1813, vol. II, p. 855; Barreyra, 1698, pp. 356-358. LR

 

Vira – termo de sapateiro; tira estreita de couro que se coze onde rebentou o couro do sapato || pedaço feito de couro usado para cobrir a palma da mão, que se segurava no polegar. Era usado pelos besteiros para não se magoarem quando armavam as bestas. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. VIII, p. 513; Moraes, 1813, vol. II, p. 856; Monteiro, 2001, p. 84. AR

 

Virotão – virote grande. Fonte: Moraes, 1813, vol. II, p. 857. RF

 

Virote, viróte – seta curta empenada || cada uma das peças que de alto a baixo formam o remate de um navio. Fonte: Moraes, 1813, vol. II, p. 857. RF

 

Visco, visgo – fruto que nasce de uma planta que tem as folhas similares às do buxo || goma do visco que depois de pisada com azeite se utiliza para apanhar pássaros. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. VIII, pp. 522-523; Moraes, 1813, vol. II, p. 858. LR

 

Viver de cama e pucarinho – viver maritalmente. Fonte: Moraes, 1950, vol. II, p. 785. LR

 

Viver em paços – viver protegido e acostado a algum senhor. Fonte: Moraes, 1813, vol. II, p. 380. LR

Volante – tecido leve e transparente próprio para véus e adornos; véu feito com esse tecido || pequeno saio que cobria o corpo entre a couraça e a parte superior dos coxotes || lacaio, servo, mandarete || rede de emalhar usada na pesca da pescada e constituída por um só pano. Fontes: Moraes, 1980, vol. V, p. 497; Bluteau, 1712-1728, vol. VIII, p. 565. RF