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Mabar – refeição única diária consistindo em pão e vinho da terra e que era consumida pelos religiosos na Etiópia. Fonte: Álvares, 1989, vol. I, p. 67. CO

Maça - pau extremamente pesado sendo uma das extremidades mais grossa, que servia de arma de ataque || pau usado pelos bedéis da universidade ou do cabido, e pelos porteiros das câmaras régias, para assinalar a entrada de visitas; estes oficiais eram designados por “porteiros da maça” || espécie de macete utilizado pelos calceteiros || pau usado para bater o linho || instrumento de carpinteiro fabricado na sua totalidade em madeira, também designado por maço || o mesmo que noz moscada, especiaria originária da Ilha de Banda na Malásia. Fontes: Moraes, 1980, vol. III, p. 393; Dalgado, 1919-1921, vol. II, p. 1; Trindade, 1963, p. 377. CO e OV

 

Macana – em Ormuz hermafrodita ou efeminado || toucado de mulher. Fontes: Dalgado, 1919-1921, vol. II, p. 3; Moraes, 1994, vol. III, p. 395. CO

Maçaneta, carrapeta, maçaneta de leito - elemento decorativo piramidal, esférico, poliedro, etc., de materiais variados - destacável ou não - que pode rematar as colunas do leito, a parte central da cabeceira ou o topo de prumadas, isto é, as peças verticais estruturais, dos móveis de assento e nos móveis de conter || puxador de porta ou gaveta || remates da parte exterior do coche. Fontes: Moraes, 1980, vol. III, p. 395; Silva e Calado, 2005, p. 225; Sousa e Bastos, 2004, pp. 62, 68. AD

 

Mação – membro da maçonaria; pedreiro livre || grande maço || o mesmo pão para os cães. Fonte: Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, 1981, vol. XV, p. 700. AR

 

Maçapão, maçapaõ, maçapam – espécie de massa doce feita com amêndoas pisadas, farinha, açúcar, clara de ovos. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. V, p. 230; Manuppella e Arnaut, 1967, p. 210. LR

 

Maçaroca, maçâroca, maçarócafio torcido e enrolado no fuso || aquilo que é fiado || tudo o que tem parecença ao fuso || espiga de milho. A espiga de milho grosso, os fios e as enfiadas que tem a espiga || cabelo de mulheres em forma de canudo || molho || pão por cozer, cru || dinheiro || dose de fermento utilizada para levedar o pão || Aida Dias aclara que em provérbios a palavra pode evidenciar uma conotação obscena. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. V, p. 232; Moraes, 1980, vol. III, p. 396; 1813, vol. II, pp. 243-244; Dias, 2003, vol. VI, pp. 413-414; Viterbo, 1965, vol. II, p. 373. OV e NP

 

Maçãs do paraíso – bananas na Índia. Fonte: Linschoten, 1998, pp. 215-216, 391. CO

 

Macela, macella – o mesmo que camomila; planta com flor amarga e aromática que se usa na medicina; as flores desta planta têm o olho amarelo e as pétalas são vermelhas, brancas ou amarelas. A infusão desta planta é benéfica no combate às cólicas, indigestões e fastio. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. V, p. 233; Moraes, 1813, vol. II, p. 609; Chernoviz, 1890, pp. 347-348. LR

 

Macha mano – de mão cheia. Fonte: Dias, 2003, vol. VI, p. 414. NP

Machete – espada curta com dois gumes || viola pequena. Fontes: Moraes, 1813, vol. II, p. 244; Bluteau, 1712-1728, vol. V, p. 234. RF

 

Machila – de machira. Espécie de cama portátil || palanquim ou rede para transporte de pessoas na Índia e na África. Fonte: Lexicoteca, 1985, vol. II, p. 9. CO

 

Machira, machîra – termo usado na África Oriental para machila ou lençol grosso de algodão fabricado localmente || pano fino de seda ou algodão lançado pelos ombros a modo de capa || originariamente transporte em peça de lona atada pelas pontas a um varal. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. V, p. 235; Dalgado, 1919-1921, vol. II, pp. 6-7; Moraes, 1994, vol. III, p. 395. CO

 

Macho – masculino || nome genérico que se dá a todos os animais do sexo masculino; derivado do cavalo e da burra ou do asno e da égua || instrumento de carpinteiro || molde de barro que serve para fazer peças ocas || engenhos que entram uns nos outros || forte, vigoroso || em Aveiro e na lagoa de Óbidos é o nome que se dá a uma espécie de enguia que tem o rabo redondo, quase do tamanho da sua própria cabeça. Fontes: Moraes, 1954, vol. VI, p. 353; 1813, vol. II, p. 244; Bluteau, 1712-1728, vol. V, pp. 235-236. LR

 

Macho-fêmea – instrumento de carpintaria para formar saliência ou abrir sulcos || maneira de unir duas peças por entalhadura || hermafrodita. Fonte: Moraes, 1954, vol. VI, p. 354; Monteiro, 2001, p. 83. LR e AR 

Maço, máço, masso – martelo de carpinteiro bastante robusto com o qual se bate no formão. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. V, p. 236; Moraes, 1813, vol. II, p. 245. LR

 

Maculo – diarreia || considerável dilatação do ânus. Fontes: Moraes, 1954, vol. VI, p. 367; Chernoviz, 1890, pp. 348-349. LR

 

Madalém – instrumento musical da Índia formado por cilindro de barro, cujas extremidades eram cobertas de peles retesadas; era tocado com as duas mãos. Fontes: Dalgado, 1919-1921, vol. II, p. 9; Moraes, 1994, vol. III, p. 401. CO

 

Mainate, mainato, mainata, maynato - termo usado em Moçambique, Índia e Angola para indivíduo que lava a roupa. Fontes: Dalgado, 1919-1921, vol. II, pp. 12-13; Bluteau, 1712-1728, Suplemento II, p. 8; Moraes, 1994, vol. III, p. 407; Lexicoteca, 1985, vol. II, p. 27. CO

 

Mais asinha – mais depressa || cedo || em tempo breve. Fontes: D. Duarte, 1986, p. 31; Bluteau, 1712-1728, vol. I, p. 588; Moraes, 1813, vol. I, p. 203. AR

 

Mal assada, mal asada – pastelão de ovos batidos e ao mesmo tempo fritos. Fonte: Manuppella e Arnaut, 1967, p. 211. LR

 

Mal disposto, mal desposto – atacado, infectado. Fonte: D. Duarte, 1942, p. 231. LR

 

Mal francês – o nome que os napolitanos deram à sífilis, também designada por buba, boubas, ou gálico. Fonte: Dias, 2003, vol. VI, p. 418. NP

 

Mal pecado – por infortúnio, por desgraça, infelizmente, desditosamente. Fonte: Dias, 2003, vol. VI, 2003, vol, VI, p. 418. NP

 

Malacacheta – mica. Fontes: Lexicoteca, 1985, vol. II, p. 31; Machado, 1996, vol. III, p. 653; Moraes, 1999, vol. III, p. 410. CO

 

Malachada – penas que incorriam os lavradores que não faziam as avenças e que mesmo assim cultivam trigo ou milho. Fonte: São Paulo, 1968, vol. III, p. 479. LR

 

Malada – criada de servir || mulher que habitava e servia na maladia || escrava, moça de servir. Fontes: Moraes, 1954, vol. VI, p. 405; 1813, vol. II, p. 250. LR

 

Maladia, malladia – solar || terra de vassalos solarengos || o mesmo que doença. Fontes: Moraes, 1954, vol. VI, p. 405; 1813, vol. II, p. 250. LR

Malga, málega – tigela, taça ou pequeno prato muito covo, cuja origem se encontra nas peças de olaria predominantemente usadas para uso doméstico a partir de finais do séc. XIV em Málaga || tigela vidrada, em que, vulgarmente, se comia a sopa nas zonas rurais. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. V, p. 268; Domingues, 2006, pp. 127-128; Moraes, 1999, vol. III, p. 413; Lexicoteca, 1985, vol. II, p. 36. CO 

 

Malva – planta emoliente. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. V, p. 274. LR

 

Mamona – riquezas|| Deus das riquezas || planta cujas folhas são usadas para curar feridas ou para preparar banhos emolientes. Das sementes desta planta, normalmente designadas por carrapatos, se extrai um óleo (óleo de rícino) usado na medicina como purgante brando. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. V, p. 277; Chernoviz, 1890, pp. 365-366; D. Duarte, 1942, p. 139. LR

 

Mamposteiro – pedidor com licença das autoridades para efectuar recolhas de esmola destinadas a uma instituição ou acto de caridade. Usufruíam de privilégios e isenções fiscais, pelo que os seus nomes eram registados nas vereações municipais. O exemplo mais conhecido é o dos mamposteiros dos cativos, que pediam para resgatar prisioneiros de guerra que estivessem na posse dos inimigos da fé cristã. IS

Maná – produto da Arábia e da Pérsia feito com o orvalho que cai das árvores, de sabor parecido com o do açúcar, e transportado aos pedaços, do tamanho de amêndoas, em frascos de vidro. Fonte: Linschoten, 1998, pp. 247-248. CO

 
Manaria, direito de manaria – vem de manar que significa trazer à sua origem, nascer, proceder. Direito pelo qual todo o património regressa à sua origem quando alguém falecer sem descendência II consisitia na faculdade que em algumas terras se reconhecia ao senhor de recolher os bens sempre que ao morto não tivesse sobrevivido descendência, ainda que outros parentes houvesse. Fontes: Bluteau, 1712 – 1728, Vol. V, p. 279; Grande Enciclopéida Portuguesa e Brasileira, 1981, vol. 16, p. 67; Telles, 1851, p. 117. MD
 

Mancais, mancáes – ou fito. Jogo antigo. Fonte: Moraes, 1813, vol. II, p. 255. CO

 

Mancal, mancál – bordão curto, serrado nos extremos, de jogar os mancáes, ou fito || gonzo da porta || peça de ferro dos engenhos de açúcar || base. Fontes: Moraes, 1954, vol. VI, p. 443; 1813, vol. II, p. 255; Bluteau, 1712-1728, vol. V, p. 280. LR e CO

 

Mancebia – mocidade || desonestidade || concubinato. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. V, p. 280; D. Duarte, 1942, p. 123. LR

 

Manchilinstrumento utilizado pelos carniceiros, talhantes, para retalhar a carne || arma de guerra antiga || outrora, fouce. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. V, p. 282; Moraes, 1980, vol. II, p. 420. OV

 

Manchua – embarcação do Malabar com um masto e uma vela quadrada. Fontes: Dalgado, 1919-1921, vol. II, p. 19; Lexicoteca, 1985, vol. II, p. 48. CO

 

Manda no século XIII e XIV era sinónimo de testamento, legado || cláusulas ordenadas pelo testador, para além do testamento || aquilo que reporta o leitor para outra referência ou ponto || peditório para as festas religiosas || cidade episcopal de França no Linguedoc || espécie de cesto redondo ou oval, alargando do fundo para a abertura e tendo tampa oval. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. V, p. 282; Moraes, 1980, vol. III, p. 429; Ferrão, 1990, vol. IV, p. 266; Machado, 1991, vol. IV, p. 10. OV e CO

 

Mandilpano de lã grosso utilizado para escovar os cavalos || avental feminino de pano grosso || pano utilizado para fazer rodilhas e esfregões ||cavalo preguiçoso || rapaz preguiçoso. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. V, p. 286; Moraes, 1980, vol. III, p. 421; Dias, 2003, vol. VI, p. 420. OV e NP

 

Mandilate de tenda – cortina que cercava as tendas na Etiópia. Fonte: Álvares, 1989, vol. II, p. 13. CO

 

Mandó – espécie de dança em Tete, Moçambique || expressão do folclore de Goa resultante de um processo lento de evolução e secularização, a partir da música sacra latina introduzida nesta região desde o início do séc. XVI pelos missionários franciscanos; dança popular entre os cristãos da Índia; dança de duas pessoas a toque de um batuque || em certas festas da Índia, música monótona cantada pelas bailadeiras e acompanhada por dança. Fontes: Dalgado, 1919-1921, vol. II, pp. 23-24; Azevedo, 2001, vol. II, p. 31; Moraes, 1994, vol. III, p. 421. CO

 

Maneca – pedra preciosa no Ceilão. Fontes: Dalgado, 1919-1921, vol. II, pp. 23-24; Moraes, 1994, vol. III, p. 422. CO

 

Manen – lavadeiros de gente cível || colchoeiros. Fonte: Barbosa, 1989, p. 104. CO

Mangual, mangoa, moal, malhol – instrumento rústico que serve para malhar o cereal, composto por dois paus, sendo um deles preso por uma correia. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. V, p. 291. IS 

 

Manguito, manguete – mangas pequenas de pele para aquecer as mãos || mangas de pano mais fino que se vestem por cima de outras para dar um aspecto mais requintado à camisa || meias mangas que se colocam nos braços junto às mãos para não sujar os punhos das camisas || servem de camisotes || mangas que se vestem aos meninos no berço. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. V, p. 292; Moraes, 1813, vol. II, p. 260; Palla, 1992, p. 59. OV e LR

 

Manha – indivíduo hábil || destreza || qualidades. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. V, p. 292. LR

 

Manhas – costumes || qualidades, competências. Fonte: D. Duarte, 1942, p. 156. LR

 

Manica – pedra preciosa em Malaca || espécie de luva de couro usada pelos sapateiros e correeiros para não se cortarem com o fio || manícula || indivíduo da tribo manica do Zimbabwe do Norte || no Brasil a bola mais pequena, das três que formam as boleadeiras, com que os cavaleiros atiram ao cavalo ou ao boi que foge. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. V, p. 195; Dalgado, 1919-1921, vol. II, p. 32; Moraes, 1994, vol. III, p. 426; Lexicoteca, 1985, vol. II, p. 58. CO

Manilha, manílha – argola ou bracelete com que alguns povos enfeitavam os braços ou outros membros, pulseira; alguns negros usavam-nas no bucho dos braços. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. V, p. 296; Moraes, 1813, vol. II, pp. 260-261; Dias, 2003, vol. VI, p. 422. NP

 

Maninhos, baldios – terreno aberto, improdutivo, ou que só produz mato e plantas silvestres e que é propriedade do município ou propriedade senhorial destinando-se ao comum logradouro do povo. Fontes: Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, 1981, vol. 16, p. 117; Serrão, 1971, pp. 277 – 282. MD e LR

Manípulo – faixa semelhante a uma estola (mas mais pequena) que os sacerdotes usam no braço esquerdo durante a celebração da missa; significa o cordel com que ataram as mãos de Cristo || no antigo exército romano era o conjunto de soldados que trazia por divisa um ramo de ervas ou feno atado à haste. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. V, pp. 296-297; Moraes, 1813, vol. II, 261. LR e AR 

 

Manjar branco - sobremesa com leite, amêndoas, açúcar e farinha de arroz || prato agro-doce tradicional em Portugal e outros países europeus desde a Idade Média. Faz-se com peito de galinha meio cozido, desfiado, depois desfeito com açúcar e farinha de arroz, mexendo tudo e deitando leite na mistura enquanto coze, e água de flor depois de cozido. Também se podia fazer com lagosta ou peixe em vez da galinha || outras variações: manjar-real, manjar branco amarelo, manjar-branco assado. Fontes: Dalgado, 1983, p. 374; Bluteau, 1712-1728, vol. V, p. 295; D’Ambrosio e Spedicato, 1998, p. 53. CO e IS

Manopla – parte da armadura que protegia o punho e a mão; espécie de luva de ferro pertencente às armaduras antigas dos gladiadores; género de luva coberta por lâminas articuladas de ferro ou aço. Fontes: Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, 1981, vol. XVI, pp. 130-131; Bluteau, 1712-1728, vol. V, p. 297; Moraes, 1813, vol. II, p. 262. AR
 

Mantalona – pano de algodão com que na Índia se fabricavam as velas dos navios. Fontes: Moraes, 1994, vol. III, p. 430; Lexicoteca, 1985, vol. II, p. 63. CO

 

Mantalote – tábua do feitio de tampa de arca que servia de cama. Fonte: Moraes, 1994, vol. III, p. 430. CO

 

Mantaz – tecido de Cambaia provavelmente de algodão. Fontes: Dalgado, 1919-1921, vol. I, p. 32; Bluteau, 1712-1728, vol. V, p. 299; Moraes, 1994, vol. III, p. 430. CO

 

Mantées, manténs – lençóis || toalhas || guardanapos || amitos. Fonte: Viterbo, 1983-1984, vol. II, p. 387. CO

 

Manteiro, manteeiro, mantieiro – oficial que tinha a seu cargo a guarda dos mantéis e dos apetrechos na casa real || oficial que faz mantas || vendedor ambulante de água transportada em burros || o que leva comida aos criados da lavoura. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. V, p. 299; Moraes, 1999, vol. III, p. 430; Lexicoteca, 1985, vol. II, p. 64. CO

Mantéu, manthéo – capa com colarinho usada pelos frades || colarinho em canudos ou com abas largas pendentes || saia lisa sem pregas || pano. Fontes: Moraes, 1994, vol. III, p. 431; Viterbo, 1983-1984, vol. II, p. 388. CO

 

Mántica, mântica – saco pequeno || alforge. Fontes: Moraes, 1994, vol. III, p. 431; Lexicoteca, 1985, vol. II, p. 65. CO

Manto – casula || vestimenta || vestido || vestidura larga e sem mangas com que as mulheres abrigam a cabeça e o corpo até à cintura por cima do vestido || grande véu preto que chegava a arrastar pelo chão usado antigamente pelas senhoras nobres em ocasião de luto || espécie de capa com cauda e roda e presa nos ombros usada pelas pessoas reais e pelos cavaleiros || hábito de certas freiras || veste de seda, burato de lã e seda ou pêlo || tudo o que serve para cobrir || massa eruptiva semelhante a lençol de magma solidificado no interior da crosta II tapete; alcatifa || parte superior do corpo de alguns animais, sobretudo de aves. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. V, pp. 302-303; Moraes, 1994, vol. III, pp. 431-432; Viterbo, 1983-1984, vol. II, p. 388; Lexicoteca, 1985, vol. II, p. 65. CO

Manto de imagem – capa, feita normalmente em tecido precioso, destinada a cobrir imagens levadas nas procissões. Fonte: Thesaurus, 2004, p. 168. AR  

Manto lobeno, lobéno – loba || manto cobrindo a totalidade do corpo. Fonte: Viterbo, 1983-1984, vol. II, p. 388. CO

Mantó, mantol – vestidura feminina semelhante a capa sem mangas usada pelas mulheres por cima da roupa || espécie de gualdrapa curta || no Brasil, casaco comprido feminino. Fontes: Moraes, 1994, vol. III, p. 432; Lexicoteca, 1985, vol. II, p. 64. CO

 

Manustérgio – tecido branco de linho ou cânhamo, utilizado pelos padres para limpar os dedos durante a missa, durante a oração do Lavabo. Pode ser orlado de rendas ou bordados, com uma cruz pequena num dos ângulos. Fonte: Thesaurus, 2004, p. 85. AR e LR

 

Manzari – cacho de cocos. Fontes: Dalgado, 1919-1921, vol. I, p. 32; Moraes, 1994, vol. III, p. 433; Bluteau, 1712-1728, Suplemento II, p. 15; Lexicoteca, 1985, vol. II, p. 67. CO

Marchetado, marchetada - obra feita de pedaços de várias cores, embutidos de modo a formar figuras. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. V, p. 325. IS

 

Marco – peso equivalente a oito onças, isto é, sessenta e quatro oitavas || pedra ou pau de madeira que servia para dividir e separar um campo de outro. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. V, pp. 326-327. LR

 

Marlota – vestimenta justa ao corpo, com pregas, usada pelos mouros. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. V, p. 337. LR

 

Marmelada – doce que se faz com marmelos e açúcar || doce de marmelo. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. V, p. 337. LR

Marmita – panela de latão, alumínio ou outro metal, de tamanho variável, que servia para levar ou distribuir comida || lata onde os soldados comem o rancho. Fontes: Moraes, 1999, vol. III, p. 444; Lexicoteca, 1985, vol. II, p. 83. CO

 

Maro – coqueiro na Índia. Fonte: Linschoten, 1998, pp. 217, 392. CO

 

Maromacorda grossa de navio ou obra para levantar pesos avultados || corda por onde andam indivíduos, corda bamba || armação com esteios altos e isolados sobre a qual se constroem habitações na margem dos rios. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. V, p. 319; Moraes, 1980, vol. III, p. 445. OV

 

Marquesinha – guarda-sol pequeno usado pelas senhoras e cujo cabo se dobrava a meio || casta de pêra || toldo abrigando a tenda dos oficiais de campanha || espécie de alpendre que faz parte de algumas estações de caminhos-de-ferro || variedade de uva branca no Minho. Fontes: Moraes, 1994, vol. III, p. 446; Lexicoteca, 1985, vol. II, p. 85. CO

 

Marquezota – inhame || espécie de túbera da Índia || raiz com sabor de cardo, cozida e comida com pimenta, azeite e vinagre || espécie de mantéu com que se agasalhava o pescoço. Fontes: Dalgado, 1919-1921, vol. II, p. 40; Moraes, 1994, vol. III, p. 446; Lexicoteca, 1985, vol. II, p. 85. CO

 

Marrãa – porca que acabou de mamar || carne fresca de porco ou porca. Fonte: Moraes, 1813, vol. II, p. 272. OV

 

Marreca – ave fêmea do marreco || corcunda || pato bravo. Fontes: Moraes, 1954, vol. VI, p. 547; 1813, vol. II, p. 272; Bluteau, 1712-1728, vol. V, p. 343. LR

 

Marroio, marroyo – erva medicinal que nasce junto às paredes e era utilizada contra a mordedura venenosa das cobras. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. V, pp. 344-345. LR

 

Marroquim, marroqui, marroquím – pele de cabra que era tingida de várias cores, azul, amarelo ou vermelho, proveniente de Marrocos ou de outras partes da Berbéria. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. V, p. 344; Moraes, 1813, vol. II, p. 272; Dias, 2003, vol. VI, p. 430. NP 

 

Martaanimal da família dos mamíferos muito semelhante à doninha mas de maior porte. A pele deste animal é utilizada no fabrico de adornos e vestuário || em Trás-os-Montes significa bebedeira || casta de uva branca da América. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. V, p. 345; Moraes, 1980, vol. III, p. 448; Dias, 2003, vol. VI, p. 431. OV

 

Martabani, martavan – vasos ovais em grés vidrado, provenientes do Sul da China; servem para transportar água ou conservar alimentos. Fonte: Domingues, 2006, p. 132. CO

 

Martirológio, martirolôgio, martyrologio – livro litúrgico onde se registava para cada dia o nome dos santos venerados nas igrejas. Continha a indicação do lugar e circunstância da morte dos mesmos. Fontes: Moraes, 1954, vol. VI, pp. 555-556; 1813, vol. II, p. 273; Bluteau, 1712-1728, vol. V, p. 349; Suplemento I, p. 21. LR

Masseira, maceira mesa, alguidar ou tabuleiro grande para amassar o pão || espécie de cale por onde escorre a água que cai do vaso da nora || embarcação à semelhança de um tabuleiro, geralmente usado pelos pescadores do Norte de Portugal || termo de Viana do Castelo, designando uma cuba pequena de madeira || recipiente fabricado em vime e utilizado na vindima. Fontes: Moraes, 1980, vol. III, p. 451; Bluteau, 1712 – 1728, vol. V, p. 233; Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, 1981, vol. 16, p. 527. OV e MD 

 

Massulipatão roupa de algodão ornada de primorosos desenhos e proveniente da terra com o mesmo nome na Costa do Coromandel. Fontes: Dalgado, 1919-1921, vol. II, p. 42; Lexicoteca, 1985, vol. II, p. 94. CO

 

Massur – lentilha na Índia. Fontes: Dalgado, 1919-1921, vol. II, p. 42; Moraes, 1994, vol. III, p. 452. CO

Mastro, masto, mástro – madeiro alto e direito das embarcações onde se sustentam e abrem as velas, que lhes concedem movimento. Fontes: Moraes, 1813, vol. II, p. 275; Dias, 2003, vol. VI, p. 433. NP

 

Mastruço, masturço – erva que no Inverno nasce junto aos rios. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. V, p. 355; Chernoviz, 1890, p. 386. LR

 

Matalote arca vulgar e pequena onde dormiam os pobres e todos aqueles que queriam mortificar o corpo || marinheiro || companheiro de serviço || navio que serve de baliza a outro para manobras || embarcação vulgar || malandro, espertalhão || indivíduo gordo, de estatura elevada. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. V, p. 357; Moraes, 1980, vol. III, p. 454. OV

 

Mate, matte - terra, barro, argila na Índia || espécie de quilate usado na Índia e na Indochina. Fonte: Dalgado, 1919-1921, vol. II, pp. 42-43. CO

 

Matical, metical, mitical – medida de peso de ouro usado na Ásia e na África no séc. XVI || moeda de ouro pesando inicialmente um áureo romano ou dinar de ouro, aproximadamente 75 grãos || moeda de Marrocos pesando 880 reis. Fontes: Dalgado, 1919-1921, vol. II, pp. 43-44; Bluteau, 1712-1728, vol. V, p. 365; Moraes, 1994, vol. III, p. 456; Trindade, 1963, p. 377. CO

 

Matolãogénero de saco, geralmente em couro, onde se guardava roupa e vários objectos de viagem. Fonte: Moraes, 1980, vol. III, p. 456. OV

 

Matrás, matraz – balão de vidro de fundo chato que serve para fazer reacções químicas. Fonte: Moraes, 1954, vol. VI, p. 588. LR

 

Matula – pessoa rude ou vadia. Fonte: Moraes, 1980, vol. III, p. 458. LR

Mátula - vaso onde se urina; urinol; o mesmo que bacio. Fonte: Moraes, 1980, vol. III, p. 458. LR

 

Mauna – produto vegetal do mato da Ilha do Cabo Dalgado usado nas purgas || orvalho que cai sobre certas árvores onde coalha e depois fica como açúcar pegado nos paus à maneira de resina e pendurado nas flores, parecendo aljôfar. Fonte: Trindade, 1963, p. 48. CO

 

Maxilar – cinta ou faixa na Índia. Fonte: Dalgado, 1919-1921, vol. II, p. 45. CO

 

Mazagaim, mazaguaym – tecido fabricado em Mazagão, bairro de Bombaím. Fontes: Dalgado, 1919-1921, vol. II, p. 46; Moraes, 1994, vol. III, p. 460. CO

 
Meada – fiado de linho, ou fios de lã, algodão ou seda dispostos no çarilho em tal forma que quando os tiram dele, ficam em círculos, sobreposotos uns aos outros para se não embaraçarem e para que metidos na dobadoura se possam depois ir fazendo os novelos II coisa enredada, confusa, enredo, mexerico, intriga, maquinação, tramóia. Fontes: Bluteau, 1712 – 1728, Vol. V, p. 376; Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, 1981, vol. 16, p. 657. MD
 

Mechoação, mechoacam, mechoacaõ, mechoacao – erva cuja raiz tem propriedades purgativas para todo o tipo de “humores” pituitosos e contra as supressões da urina. Segundo Cabreira, pode tomar-se pela manhã em jejum e à noite || antiga cidade do México. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. V, p. 381; Moraes, 1813, vol. II, p. 279; Cabreira, 1671, pp. 153-154. LR

Medalha – jóia da ourivesaria popular que consiste numa moeda ornamentada, mas neste caso a moeda é de imitação. Normalmente o seu acabamento não é perfeito para a distinguir das “peças”, feitas com moedas verdadeiras. Fonte: www.museudaourivesaria.com. AR

Medalha santa – jóia da ourivesaria popular com figuras ou imagens de santas, feitas em esmalte orlado a ouro ou barrocas. Fonte: www.museudaourivesaria.com. AR

Medronhosfruto do medronheiro || aguardente de medronho. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. V, p. 397; Moraes, 1980, vol. III, p. 465. OV

Meias de cabestrilho – meias que se trazem por debaixo de outras e que não têm nem pé nem calcanhar. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. II, p. 22; Moraes, 1813, vol. II, p. 314. LR

 

Meimendro – planta com propriedades medicinais, mas venenosa. Existem três espécies desta planta: a de semente preta, a de semente e flores brancas e a de semente vermelha, sendo apenas esta última usada na medicina. O licor desta planta misturado com outras substâncias alivia as dores de ouvidos e diversas inflamações. Fontes: Moraes, 1954, vol. VI, p. 639; 1813, vol. II, p. 283; Chernoviz, 1890, pp. 393-394; Bluteau, 1712-1728, vol. V, p. 399. LR

 

Mel – substância doce produzida pelas abelhas a partir do pólen que retiram das flores. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. V, pp. 400-403. LR

 

Mel amarelo – é destilado através de sacos de linho e posteriormente aquecido. Tem propriedades laxantes, atenuantes e digestivas. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. V, pp. 400-403. LR

 

Mel branco – também chamado mel virgem por ser retirado directamente sem o uso do fogo. As suas propriedades médicas mais conhecidas são aquelas que se relacionam com o auxílio na respiração e com o relaxamento do ventre. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. V, pp. 400-403. LR

 

Mel de alecrim – “quente”, aromático, cheiroso, conforta o estômago e desopila e consome todas as “humidades”, abre os poros da bexiga e faz purgar. Fonte: Cabreira, 1671, p. 94. LR

 

Mel de pau – mel que as abelhas fazem no mato, nas concavidades das árvores. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. V, pp. 400-403. LR

 

Mel novo – mel produzido pelas abelhas na Primavera. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. V, pp. 400-403. LR

 

Mel rosado – composição de boticário feita à base de mel puro e extractos de rosas; tem propriedades adstringentes. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. V, pp. 400-403. LR

 

Melaço – também chamado mel de açúcar por ser feito com este último. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. V, pp. 403. LR

 
Melanha, melânia – espécie de tecido de lã ou de seda para guarnições. Fonte: Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, 1981, vol. 16, p. 764. MD
 

Melão da Índia – melancia. Fonte: Dalgado, 1919-1921, vol. II, p. 48. CO

 

Membro – nos textos médicos antigos refere-se aos principais órgãos do corpo humano (cérebro, coração e fígado) || mãos ou pés. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. V, pp. 412-413; Roque, 1979, p. 155. LR

Memória – jóia da cultura popular que denota um sentimento de saudade. É uma peça oca, de abrir, que funciona como cofre para guardar uma madeixa de cabelo, pedaço de vestuário, frase, oração ou fotografia para recordar uma pessoa já falecida. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. V, pp. 414-415; www.museudaourivesaria.com. LR e AR 

 

Mendão – farinha do bolbo de diascoría sativa; come-se como a mandioca. Fontes: Dalgado, 1919-1921, vol. II, p. 49; Moraes, 1994, vol. III, p. 474. CO

 

Menencoria – melancolia. Fonte: D. Duarte, 1986, p. 57. AR

 

Menencórico, menencorio, manencório (“humor”) – tristeza que pode apresentar-se de várias formas (nojo, desprazer, aborrecimento). Fonte: D. Duarte, 1942, p. XVII. LR

 

Mení, menim – baeta ou pano com o qual as mulheres do campo faziam as suas mantilhas. Fontes: Moraes, 1994, vol. III, p. 475; Viterbo, 1983-1984, vol. II, p. 399. CO

 

Mensorio palavra do séc. X que designa roupa, aparelho ou ornatos de mesa, como toalhas, guardanapos, talheres e copos. Fontes: Moraes, 1994, vol. III, p. 477; Viterbo, 1983-1984, vol. II, p. 399; Lexicoteca, 1985, vol. II, p. 133. CO

 

Mercearia – lugar onde seria provido um merceeiro ou merceeira, ou, caso existisse um edifício próprio, instituição que acolhia mulheres ou homens que recebiam sustento vitalício em troca de obrigações devocionais diárias por alma do instituidor. Típicas do período medieval, as mercearias foram progressivamente circunscritas a pessoas do sexo feminino, e conhecem-se alguns casos de instituições de mercearia no período moderno, embora de cariz arcaizante. IS

 

Merceeiro, merceeira – pessoa que ganhava a vida rezando por alma de um defunto que tinha legado bens destinados a assegurar o seu sustento vitalício. IS

 

Merendal pano baixo || metade de um bragal, correspondente a três varas e meia || espécie de pano ordinário || merenda; almoço || foro pago pelos caseiros aos senhorios quando entravam para os prazos. Fontes: Moraes, 1994, vol. III, p. 481; Viterbo, 1983-1984, vol. II, p. 400; Lexicoteca, 1985, vol. II, p. 138. CO

 

Merendeira, merendeiro – pão pequeno próprio para merendas || bolo de abóbora, farinha e mel, típico da época natalícia || espécie de cesta ou maleta para levar a merenda || indivíduo que tem o hábito de merendar || pedaço de barro em que se fabrica cada telha || merenda ligeira no Minho || no Minho, preguiçoso, guloso. Fonte: Machado, 1991, vol. IV, p. 105. CO

 

Meriche – pimenta em Cambaia e no Balagate na Índia. Fonte: Linschoten, 1998, pp. 233, 393. CO

 

Mero e mixto império – jurisdição delegada pelo soberano no senhor de vassalos ou em magistrados, para julgar as causas e castigar delitos. Fonte: Oviedo y Escudero, 1870, p. 278. IS

 

Meru, merú, merù, merum – espécie de veado asiático e na África Oriental que tem cornos e patas fendidas || espécie de vespa || planta brasileira || cobra brasileira. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. V, p. 443; Cruz, 1997, p. 93, nota 148; Dalgado, 1919-1921, vol. II, p. 50; Moraes, 1994, vol. III, p. 483; Lexicoteca, 1985, vol. II, p. 141. CO

 

Mesa – órgão deliberativo das Misericórdias, constituído por treze irmãos, dos quais faziam parte o provedor, o escrivão, o tesoureiro e os restantes mesários. IS

 

Mesa de gonzos, mesa de gonços, mesa de engonços, mesa de campanha, mesa dobradiça – possui o tampo solto, formado por dois ou mais painéis articulados por meio de engonços (mesa de engonços) ou de dobradiças (“bisagras”), geralmente assente num conjunto de quatro pernas (ou trempe), também articuladas. Justapostos os painéis do tampo e fechadas as pernas, o conjunto é facilmente transportável. Fonte: Sousa e Bastos, 2004, p. 76. AD

Mesa de jogo - mesa destinada a jogos de cartas, geralmente coberta por um pano verde. Foi uma peça de mobiliário muito comum nas casas ricas portuguesas no século XIX. IS

 

Mesentério, misentereo, mesentereo, mesenterio – membrana que envolve os intestinos. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. V, pp. 448-449; Chernoviz, 1890, p. 418. LR

 

Messe – centeio || boa seara para se ceifar || ceifa; colheita; sega || sociedade ou agremiação em que se reunem funcionários, especialmente para tomarem as refeições || conversão das almas || quantidade, porção. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. V, p. 452; Moraes, 1994, vol. III, p. 486; Viterbo, 1983-1984, vol. II, p. 400; Lexicoteca, 1985, vol. II, p. 145. CO

 

Meterane – bispo dos cristãos de S. Tomé do Malabar. Fonte: Dalgado, 1919-1921, vol. II, p. 52. CO

 

Mexelim – tecido indiano de seda e algodão e com listras onduladas. Fontes: Dalgado, 1919-1921, vol. II, p. 52; Moraes, 1994, vol. III, p. 495. CO

 

Mezinha, meezinha, mezínha – remédio de fabrico caseiro; qualquer medicamento bebido como xarope ou purga. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. V, p. 476; Moraes, 1813, vol. II, p. 298; Dias, 2003, vol. VI, p. 476. NP  

 

Mezinheiro – aquele que, sem conhecimentos de medicina, sabe ou prepara remédios caseiros. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. V, p. 477; Moraes, 1813, vol. II, p. 298. NP

 

Micado, mikado – título do Imperador do Japão || jogo. Fontes: Dalgado, 1919-1921, vol. II, p. 52; Moraes, 1994, vol. III, p. 496; Lexicoteca, 1985, vol. II, p. 161. CO

 

Micha, micho – fatia de um pão confeccionado com várias farinhas; pão pequeno que pelo seu tamanho seca rapidamente, a partir do qual se fazem migalhas || em Alcobaça era o pão que o mosteiro distribuía à porta, pelas duas horas da tarde, a homens, mulheres e crianças. Era um pão composto por rolão de trigo, centeio e cevada || no Brasil, gazua ou nota falsa. Fontes: Moraes, 1954, vol. VI, p. 768; 1813, vol. II, p. 298; Bluteau, 1712-1728, vol. V, p. 477; Lexicoteca, 1985, vol. I, p. 162; Machado, 1991, vol. IV, p. 134. LR

 

Milheiro – imposto que se pagava pelo vinho vendido na cidade do Porto || casta de uvas negras || o mesmo que mil || quando se refere a um número indefinido || a planta de onde deriva o milho. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. V, pp. 486-487; Viterbo, 1965, vol. II, p. 403; Moraes, 1980, vol. III, p. 502. LR

 

Milho negro – milho-miúdo de cor preta. Fonte: Viterbo, 1983-1984, vol. II, p. 403. CO

 

Ministros dos esquifes, menistros dos esquifes – homens que transportavam, em cadeiras ou leitos cobertos com cortinas de bocaxim, os cadáveres dos indivíduos que tinham morrido com peste. Fonte: Roque, 1979, pp. 218-219. LR

 

Mirabolano – fruto em forma de noz, semelhante às ameixas. Podem ser mirabolanos secos ou ásperos, citrinos (secos, pesados e viscosos e tem por particularidade purgar a cólera), chebulos (roxos, pesados e purgam o humor fleumático servindo também contra as febres inveteradas), índicos (pretos, sem caroço, ajudam na melancolia), emblicos e beliricos. Todas estas espécies nascem de árvores diferentes, assim como em regiões distintas. Utilizados na farmacopeia, alimentação e tinturaria são considerados “medicina bendita e santa… porque sendo solutivos, evacuam e purgam o corpo dos supérfluos e maus humores, confortando o coração, o fígado e o estômago”. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. V, pp. 502-503; Costa, 1964, pp. 177-179. LR

 

Mirra – planta que brota na Arábia, de tronco duro e com folhas espinhosas || resina de cor amarela que se extrai da planta com o mesmo nome. A mirra foi, desde cedo, empregue com diferentes funções: na Europa era bastante conhecida a mirra botica que era empregue para conservar corpos mortos, podendo ser utilizada para fins farmacológicos e terapêuticos || pessoa ou propriedade esguia e magra. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. V, pp. 505-506. LR

Misericórdia – mísula que se encontra no reverso do assento das estalas de um cadeiral, permitindo ao clérigo sentar-se, parecendo que está de pé, quando o assento está içado. Fonte: Thesaurus, 2004, p. 28. AR

Missal – livro que contém as principais orações pronunciadas durante a celebração da missa. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. V, p. 511. LR 

Mísula – ornato estreito na parte inferior e largo na superior, que ressai de uma superfície, em geral vertical; sustenta por exemplo um busto, um vaso, etc. || curva onde assenta a varanda da popa dos navios de alto bordo. Fonte: Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, 1981, vol. XVII, p. 407. AR

Mitra – espécie de barrete de forma cónica, fendido na parte superior e usado pelos bispos, arcebispos e cardeais quando oficiam pontificalmente. Fonte: Sá, 2004, p. 158. CO

 

Mitrídato – unguento mitridiático, isto é, contra-veneno ou antídoto. Fontes: Moraes, 1954, vol. VI, p. 857; 1813, vol. II, p. 306. LR

Mitro – manípulo dos sacerdotes || peça de ornamentos de revestir-se para celebrar a missa, a qual se enfia no braço esquerdo. Fontes: Moraes, 1994, vol. III, p. 516; Viterbo, 1983-1984, vol. II, p. 408. CO

 

Mixo – espécie de molho japonês feito de vagens, trigo e sal || alimento feito com arroz podre, grãos cozidos e sal e que é comido quando está em estado avançado de decomposição e com mofo. Fontes: Dalgado, 1919-1921, vol. II, p. 58; Fontes: Machado, 1991, vol. IV, p. 173; Moraes, 1994, vol. III, p. 517; Lexicoteca, 1985, vol. II, p. 196. CO

 

Mocadão, mocadaõ, mocadam, mocapdame, mocadon, mucadam – arrais || patrão || chefe de tripulação || capataz || mordomo || caseiro || administrador de palmar. Fontes: Bluteau, 1712-1728, Suplemento II p. 50; Dalgado, 1919-1921, vol. II, pp. 58-60; Moraes, 1994, vol. III, p. 518. CO

 

Moche – bolo de arroz no Japão. Fontes: Dalgado, 1919-1921, vol. II, p. 61; Moraes, 1994, vol. III, p. 519. CO

 

Mocho, moxo – escabelo de madeira com tampa. Fonte: Lexicoteca, 1985, vol. II, p. 199. RF

 

Moço de esporas – homem de pé. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. V, p. 526. AR

 

Mogeres – casta baixa e pouco numerosa no Malabar || carregadores do rei. Fontes: Barbosa, 1989, p. 106; Dalgado, 1919-1921, vol. II, p. 63. CO

 

Mogi – traje antigo de ambos os sexos. Fontes: Moraes, 1980, vol. III, p. 524; Bluteau, 1712-1728, vol. V, p. 53. RF

 

Moimento do corpo – debilitamento do corpo. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. VII, p. 35. LR

 

Moimento, moymento – sepultura. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. V, p. 539; D. Duarte, 1942, p. 356. LR

 

Moio, moyo, mox - antiga medida de capacidade que corresponde a 60 alqueires. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. V, p. 614; AHHTCR, 1547-1548 – Livro de Receitas e Despesas [pasta 2] – Inv. 236, fólio 31. LR

 

Moirana – em Goa, pijama ou fato de dormir || ceroulas mouriscas. Fonte: Dalgado, 1919-1921, vol. II, p. 65. CO

 

Molambo – pano usado por algumas tribos africanas à cintura, como uma tanga, para ocultar as partes íntimas || no Brasil, farrapo, rodilha ou vestido velho. Fontes: Lexicoteca, 1985, vol. II, p. 208; Machado, 1991, vol. V, p. 186. CO

 

Molete – algo de comer || pão molete. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. V, p. 548. OV

Molheira – recipiente onde se serve o molho. AR  

Molhelhas – espécie de rolo feito normalmente de estopa ou peles, que se coloca no cachaço dos bois para nele se assentar a carga || chouriço || género de almofada que se usa para proteger as embarcações na altura da atracação || tufo de palha que os mariolas trazem ao pescoço. Fontes: Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, 1981, vol. XVII, p. 550; Bluteau, 1712-1728, vol. V, p. 543; Moraes, 1813, vol. II, p. 311. AR
 

Molo, mólo – pequeno feixe || carregação de navio || terreno mole. Fontes: Moraes, 1994, vol. III, p. 527; Viterbo, 1983-1984, vol. II, p. 418. CO

 

Mondar – expurgar || retirar o que é nocivo || limpar as ervas daninhas || corrigir, emendar. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. V, p. 556; Moraes, 1980, vol. IV, p. 8. LR

 

Moneta – certa vela pequena e esteira da bujarrona. Fontes: Moraes, 1980, vol. IV, p. 9; Bluteau, 1712-1728, vol. V, p. 556. RF

Mongi, mongil, mongy – relativo a monge || espécie de sobretudo parecido com a cogula monacal feminina; hábito de monja; túnica talar para mulher || vestes de luto para mulher não viúva || certa variedade de trigo rijo. Fontes: Moraes, 1994, vol. IV, p. 9; Viterbo, 1983-1984, vol. II, p. 419. CO

Monóculo – espécie de luneta de um só vidro || que tem apenas um olho || ligadura destinada a manter um tópico sobre um dos olhos. Fonte: Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, 1981, vol. XVII, p. 646. AR

 

Monquer – casta baixa de pescadores na Índia. Fonte: Barbosa, 1989, p. 107. CO

 
Monte – massa dos bens da herança; porção de bens móveis e imóveis que num inventário cabe em partilha. Na partilha, o monte é dividido em lotes, sortes ou quinhões conforme o número de herdeiros. “Trazer ao monte” é a expressão que designa o desconto do valor dos bens que um herdeiro recebeu antes de feita a partilha da herança. Fonte: Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, 1981, vol. 17, p. 710. MD
 

Monturo – monte de esterco ou outras substâncias putrefactas. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. V, p. 571; Moraes, 1813, vol. II, p. 317. LR

Morado – cor de amora, entre o roxo e o preto || pardo. Fontes: Moraes, 1980, vol. IV, p. 17; Bluteau, 1712-1728, vol. V, p. 574. RF

 

Morbo – doença; usa-se esta palavra para se referir a uma doença mortal ou “venenosa”. Fontes: Moraes, 1954, vol. VI, p. 951; 1813, vol. II, p. 318; Bluteau, 1712-1728, vol. V, pp. 575-576. LR

 

Morcela, murzela, murcela – segundo Bluteau trata-se de um enchido confeccionado com “pão de centeio, amêndoas bem pisadas, manteiga de vaca frita, açúcar clarificado, ovos batidos, cravo e pimenta” || chouriço feito com sangue de porco. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. V, pp. 640-641. LR

 

Morchal – flabelo de penas de pavão para enxotar as moscas na Índia. Fonte: Dalgado, 1919-1921, vol. II, p. 69. CO

 

Mordixim – na Índia, peixe madama; peixe muito semelhante à boga ou ao picão e que se encontra no Mar das Ilhas de Quirimba, Moçambique; peixe do mar na Índia e na África Oriental parecido com a pescadinha. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. V, p. 578; Linschoten, 1998, pp. 200, 394; Dalgado, 1919-1921, vol. II, p. 71; Moraes, 1994, vol. IV, p. 19; Lexicoteca, 1985, vol. II, p. 235. CO

Moringa, moringue – bilha de barro, bojuda, que servia para levar água, com asa e gargalo. Fonte: Moraes, 1954, vol. VII, p. 13. LR 

 

Morrião – antigo capacete sem viseira; armadura de cabeça de forma cónica com crista à volta, levantada em ambos os extremos, usada nos séculos XVI e XVII por cavaleiros e arcabuzeiros || espécie de planta. Fonte: Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, 1981, vol. XVII, p. 908; Enciclopédia Luso-Brasileira da Cultura, 1980, vol. XIII), pp. 1374-1375. AR

 
Mortalha, mortulha – lençol, hábito ou vestidura em que se envolve o corpo do defunto II a mortalha ou mortulha era designação dada ao direito que consistia em deixar a quarta, terça ou metade dos bens do defunto a uma instituição eclesiástica para remissão das culpas. Fontes: Viterbo, 1798, pp.157-162; Bluteau, 1712 – 1728, vol. V, p. 588; Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, 1981, vol. 17, p. 916. MD
 

Morteiro, mortèiro – peça de artilharia, espécie de canhão curto e grosso. Fontes: Moraes, 1813, vol. II, p. 320; Bluteau, 1712-1728, vol. V, p. 590. RF

 

Mortinhos – casta de figos. Fonte: Bluteau, 1712-1728, Suplemento I, p. 58. LR

 

Mortório, mortôrio – terreno estéril || pomar, terreno ou vinha que já esteve cultivado mas ao qual não se dá muita atenção; terra que se deixou ir a monte e que pode ser cultivada || esquecimento || funeral. Fontes: Moraes, 1954, vol. VII, p. 30; 1813, vol. II, p. 321; Bluteau, 1712-1728, vol. V, p. 593; São Paulo, 1968, vol. III, p. 480. LR

 

Moscadeira, muscadeira, muscatus, muscado – erva-almiscareira || árvore que dá a noz-moscada. Fontes: Moraes, 1813, vol. II, p. 330; Roque, 1979, p. 331. LR

Moscóvia – couro de cor mais ou menos arroxeada ou acastanhada preparado na Rússia, utilizado na cobertura de baús, cadeiras, etc. || denominação de um estado da Rússia que integra cerca de 40 províncias. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. V, p. 596; Moraes, 1980, vol. II, p. 437. OV

 

Mossos – boca do cavalo. Fonte: D. Duarte, 1986, p. 40. AR

Mostrador – roda exterior de esmalte, ou metal, onde estão assinadas as horas, que o ponteiro do relógio aponta || o banco onde o mercador mostra a sua fazenda || o prumo da esquadra, que serve para examinar o lançamento horizontal. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. V, p. 602; Moraes, 1813, vol. II, p. 323. OV 

 

Mostrança contrafeita – aparência ou atitude falsa, fingida. Fontes: D. Duarte, 1986, p. 63; Moraes, 1813, vol. II, p. 323. AR

 

Motim pérola na Índia. Fonte: Dalgado, 1919-1921, vol. II, p. 73. CO

 

Movil - móvel. Fonte: Viterbo, 1983-1984, vol. II, p. 432. CO

 

Moxama, moxâma – peixe seco e salgado; no Algarve, tira seca de lombo de atum; bonito (peixe) seco das Ilhas Maldivas. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. V, p. 613; Dalgado, 1919-1921, vol. II, p. 75; Moraes, 1994, vol. IV, p. 29; Lexicoteca, 1985, vol. II, p. 251. CO

 

Moxameiro – indivíduo que prepara a moxama. Fonte: Moraes, 1994, vol. IV, p. 29. CO

 

Mudbage – tela ou droga preciosa usada nas vestimentas e capas da igreja. Fontes: Moraes, 1994, vol. IV, p. 33; Viterbo, 1983-1984, vol. II, p. 433. CO

 

Muito adur – muito dificilmente. Fonte: D. Duarte, 1942, p. 273. LR

 

Mula – fêmea do mulo || no sentido figurativo quer dizer pessoa teimosa || bubão sifilítico que aparece nas virilhas. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. V, pp. 627-628; Moraes, 1813, vol. II, p. 327; Chernoviz, 1890, pp. 461-463. LR

 

Mulato – animal resultante da miscigenação entre um cavalo e uma burra || besta || mestiço || filho de mãe branca e pai negro ou vice-versa || variedade de pêssego. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. V, p. 628; Viterbo, 1965, vol. II, pp. 432-433; Moraes, 1980, vol. IV, p. 34. LR

 

Mumana – tecido do Balagate na Índia fabricado pelos tecelães muçulmanos. Fonte: Dalgado, 1919-1921, vol. II, pp. 78-79. CO

 

Munga – monja; freira || estafeta ou correio no Sul de Angola. Fontes: Moraes, 1994, vol. IV, p. 29; Viterbo, 1983-1984, vol. II, p. 433. CO

 

Mungo – legume que nasce na Ilha de São Lourenço (Cabo Verde). Fonte: Bluteau, 1712-1728, Suplemento II, p. 62. LR

 

Mura, murá, mora – fardo esférico de palha para conservar ou transportar o arroz || antiga medida na Índia Portuguesa, correspondente a 735 litros || no Minho, mancha ou pinta negra causada pelo calor excessivo do lume. Fontes: Dalgado, 1919-1921, vol. II, p. 81; Lexicoteca, 1985, vol. II, p. 266; Machado, 1991, vol. V, p. 255. CO

Murça, mursa – peça de vestuário de cor, com feitio do alçapão, usada pelos cónegos por cima da sobrepeliz. Veste curta, com mangas, capuz e botões à frente usada sobre a sobrepeliz ou sobre o rochete pelos homens da Igreja || lima. Fontes: Dias, 2003, vol. VI, p. 476; Bluteau, 1712-1728, vol. V, pp. 643-644; Moraes, 1980, vol. IV, p. 41. NP e LR 

 

Murdanga, murdango, murdanha – tambor tangido dos dois lados e que acompanha em geral o canto das bailarinas indianas. Fontes: Dalgado, 1919-1921, vol. II, p. 81; Moraes, 1994, vol. IV, p. 41. CO

 

Murta – planta cujos bagos negros são utilizados pelos tintureiros para tingir de azul. Antigamente as folhas desta planta eram destiladas dando origem à chamada água de anjo que servia de cosmético. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. V, pp. 644-645; Moraes, 1813, vol. II, p. 330; Chernoviz, 1890, p. 465. LR

 

Muscado – almiscarado, cheiro aromático. Fonte: Moraes, 1813, vol. II, p. 330. LR

 

Musco – almíscar. Fonte: Loureiro, 2000, p. 112, nota 49. CO

 

Muxara - palavra antiga para salário, ordenado || acolhimento. Fontes: Dalgado, 1919-1921, vol. II, p. 84; Moraes, 1994, vol. IV, p. 46. CO