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Dabá vasilha de couro para azeite ou manteiga na Índia. Fontes: Dalgado, 1983, p. 423; Moraes, 1994, vol. II, p. 201. CO 

 

Daim – leite coalhado e azedado muito usado entre os hindus e outrora também entre os cristãos de Goa. Fontes: Dalgado, 1983, p. 427; Moraes, 1994, vol. II, p. 203. CO

 

Dali, dalli, daly – espécie de açafate de cordas de bambu || em Goa, bandeja de bambú, açafate ou condessa || presente enviado nestas bandejas. Fontes: Dalgado, 1983, p. 430; Moraes, 1994, vol. II, p. 204. CO

Dalmática, almátega, almática – veste litúrgica que os diáconos trazem por cima da alva no exercício das suas funções || túnica branca, com mangas compridas, bordada de púrpura, que antigamente se fabricava na Dalmácia || antiga vestimenta de bispos || veste clerical usada pelos clérigos em procissões e missas solenes. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 5; Machado, 1977, vol. I, p. 205; Moraes, 1980, vol. II, p. 204. AD e LR

 

Dam aa sseda – saltos que o cavalo dá com o objectivo de sacudir o cavaleiro. Fonte: D. Duarte, 1986, p. 128. AR

Damasco – tecido de seda produzido em Damasco com ornatos em relevo a imitar cetim || fruto do damasqueiro || cidade da Síria. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, pp. 6-7; Moraes, 1980, vol. II, p. 204. LR  

 

Damasquilho, damasquim – pano de seda à semelhança do Damasco, mas mais leve || cobertura em damasco. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 7; Moraes, 1980, vol. II, p. 205. LR

 

Dami – pano de seda verde, branco ou de outra cor e por vezes com ouro. Fontes: Moraes, 1994, vol. II, p. 205; Viterbo, 1983-1984, vol. II, p. 168. CO

 

Dampaca – iguaria muito apreciada em Damão feita com galinha ou pato aos bocados e guisado em lume lento com vários temperos e especiarias. Fontes: Dalgado, 1983, p. 431; Moraes, 1994, vol. II, p. 205. CO

 

Dança d’areos – dança do séc. XVI na Índia. Fonte: Azevedo, 2001, vol. II, p. 56. CO

 

Dapifer – mordomo; aquele que numa Casa Real está ligado aos serviços domésticos do rei. Fonte: Conde, 1999, p. 121. LR

 

Dar a vontade – prever o futuro. Fonte: D. Duarte, 1942, p. 146. LR

 

Dar ao cabo – voltar para trás. Fonte: D. Duarte, 1986, p. 133. AR

 

Dar varejo – em Outubro o juiz dos direitos reais ia com um tanoeiro varejar (agitar) as pipas de vinho. Fonte: São Paulo, 1968, vol. III, p. 479. LR

 

Darrevato – de repente. Fonte: D. Duarte, 1942, p. 250. LR

 

Data – em Goa, enxoval e jóias que a noiva leva para casa do marido. Fonte: Dalgado, 1983, p. 437. CO

 

Datil, dátil – tâmara. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 15; Linschoten, 1998, p. 89, nota 55; Moraes, 1994, vol. II, p. 209. CO 

 

Datura – árvores e arbustos venenosos. Fonte: Moraes, 1951, vol. III, p. 826. LR

 

De praça – público. Fonte: D. Duarte, 1942, p. 189. LR

 

De soterra – debaixo da terra. Fonte: D. Duarte, 1942, p. 147. LR

 

De sua criação, de sua criaçom – de sua casa. Fonte: D. Duarte, 1942, p. 156. LR

 

Debruar – guarnecer a beira de qualquer peça de vestuário, pano, couro, etc., com uma tira, fita, galão ou espécie de cairel, por ornamento ou segurança || guarnecer pelas bordas; orlar || ornar. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 21; Moraes, 1980, vol. II, p. 211. AD

Debrum espécie de franja, tira ou fita da borda do vestido. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 21. OV

 

Declinatório, declinatorio, declinatoreo – vocábulo também usado no feminino, declinatória. Justificação que serve para declinar || mostrar incompetência de juízo; acto pelo qual se mostra que o juiz não tem competência. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 29; Moraes, 1813, vol. I, p. 516. LR

 

Decoada – cinzas fervidas em água, com a qual se limpa o estanho, a prata e a madeira. Barrela. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 29; Moraes, 1813, vol. I, p. 516. LR

 

Decocção, decocçam – água na qual se ferve qualquer simples ou droga medicinal. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 29; Moraes, 1813, vol. I, p. 516. LR

Decoração jesuíta – tipo de decoração da porcelana chinesa iniciado no período de Yong Cheng, que utiliza tinta preta e cinzenta para reproduzir desenhos e gravuras enviados da Europa, com motivos religiosos, mitológicos, maçónicos e outros. Fonte: Domingues, 2006, p. 107. CO 

 

Defumadura, defúmadura – o mesmo que defumar; denegrir com fumo || curar ao fumo || perfumar. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 38; Moraes, 1980, vol. I, p. 521. AR e OV

 

Defumar – curar com fumo peixe, presunto etc. || denegrecer com fumo || perfumar. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 38. OV

 

Deixar as esperanças em agraço – o mesmo que frustrações. Fonte: Moraes, 1813, vol. I, p. 67. LR

 

Demanda – acção de intentar sobre algo a que se tem direito|| acção de procurar algo || exigir. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, pp. 51-52; Moraes, 1813, vol. I, p. 526. LR

 

Departidas cousas – diferentes coisas ou várias coisas. Fonte: D. Duarte, 1942, p. 141. LR

 

Departir – conversar, discutir, examinar, praticar, distinguir. Fontes: D. Duarte, 1986, p. 55; Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 67; Moraes, 1813, vol. I, p. 532. AR

 

Deposla perfeiçom – atrás da perfeição. Fonte: D. Duarte, 1942, p. 122. LR

 

Derrencar, derrengar, derrear – torcer || depravar || viciar || deslocar || no Brasil significa curvar de forma exagerada a coluna do cavalo, devido a excesso de carga. Fontes: D. Duarte, 1986, p. 111; Bluteau, 1712-1728, vol. IX, p. 307. AR

 

Desagraciados – que não tem graça. Fonte: D. Duarte, 1942, p. 94. LR

 

Desamar – deixar de amar || odiar || aborrecer. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 89; Moraes, 1813, vol. I, p. 546; D. Duarte, 1942, p. 94. LR

 

Desassisado, desasisado – louco; sem siso; sem juízo. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 94; Moraes, 1813, vol. I, p. 550. LR

 

Desatentar em grande ledice - procurar inconscientemente o prazer. Fonte: D. Duarte, 1942, p. 90. LR

 

Desatentar, desatentár – perder o controlo do freio || não ter em atenção, perder de vista ou perder o cuidado de algo. Fontes: D. Duarte, 1986, p. 84; Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 96; Moraes, 1813, vol. I, p. 552. AR

 

Desempenhar – retirar o que está empenhado, saldando assim a dívida || satisfazer, liquidar. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 128; Moraes, 1813, vol. I, p. 570. LR

 

Desfleimar, desfleumar, desflegmar – acto de tirar as fleimas. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 143. LR

 

Desinteria, desenteria, dysenteria, disenteria, dissenteria, desentéria – malignidade no humor (dys) + enteron = intestino. Evacuação do intestino grosso acompanhado de dores, ardor no ânus e partículas de sangue. Galeno refere quatro géneros da doença: a primeira por causa de um membro cortado saia sangue puro em abundância ânus; a segunda quando o sangue era aquoso; a terceira uma dejecção de sangue escuro e brilhante à qual chamava melancólico; e, a quarta, à qual chama “verdadeira e legítima disenteria” era aquela onde a defecção era acompanhada por sangue e por dores nos intestinos. Galeno afirmava que comer frutos verdes provocava este tipo de doença. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 318; Moraes, 1813, vol. I, p. 576; Chernoviz, 1890, pp. 887-888. LR

 

Despenseiro – indivíduo que guarda e está encarregue da despensa e do aprovisionamento dos mantimentos de uma casa. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 165; Moraes, 1980, vol. II, p. 285. LR

 

Deventre – intestino dos animais; vísceras; tripas; o que está no interior do ventre. Fontes: Moraes, 1952, vol. IV, p. 22; 1813, vol. I, p. 610; Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 190. LR

 

Diacidrão, diacidram – casca de cidra em doce. Fonte: Moraes, 1952, vol. IV, p. 34. LR

 

Diacinnamomo – composição farmacêutica de cordiais e pós, cuja base é a canela. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 202. LR

 

Diagargante – talhadas de açúcar no ponto que se comem para aliviar a tosse. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. III, pp. 204-205. LR

 

Diajapala – composição feita à base de pós purgativos, onde entra a jalapa. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 205. LR

 

Dialauro – composição de pós feita à base de bagas e loureiro. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 205. LR

 

Diamao, diamão, diamaõ, diamam – o mesmo que diamante. Fontes: Bluteau, 1712-1728, Suplemento I, p. 315; Moraes, 1813, vol. I, p. 614. LR

 

Diamom – o mesmo que diamante. Fonte: D. Duarte, 1942, p. 157. LR

 

Diamorfina – o mesmo que heroína. Fonte: Moraes, 1952, vol. IV, p. 43. LR

 

Diapalma - emplastro defecativo composto, entre outros ingredientes, por pedaços de palma, o qual se aplica com o auxílio de uma espátula de palma. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 211. LR

 

Diapapar – o mesmo que diagargante. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 211. LR

 

Diaprunos, diaprunus, diaprunis – medicamento feito à base de ameixas que tinha o efeito de purgar. Electuário mole e purgativo de abrunhos || “electuário composto por ameixas, violetas, canafístula, tamarindos, sândalo branco e vermelho, ruibarbo, canela, rosas, beldroega, escarola [espécie de couves, chicória], agracejo [espécie de uva], sumo de regalis, goma de tragacanto e quatro sementes frias maiores”. Fontes: Moraes, 1952, vol. IV, p. 45; Arenales Barrios, 1985, p. 202; Bluteau, 1712-1728, vol. III, pp. 211-212. LR

 

Diaquilão gomado – emplastro feito com óxido de chumbo, banha de porco, azeite, cera amarela, pez branco, terebintina, goma de amoníaco, bdelio, sagapeno e galbano. Fonte: Chernoviz, 1890, p. 859. LR

 

Diaquilão simples - emplastro feito à base de óxido de chumbo, banha de porco e azeite doce. Fonte: Chernoviz, 1890, p. 859. LR

 

Diaquilão, diaquilam, dyachilam, dyachilão, dyachilaõ, diachilao - emplastro aglutinativo de chumbo, em que entra cera, vaselina e terebintina. É antiséptico e adstringente. Emplastro digestivo e resolutivo, isto é, que abre os poros e conforta os humores. Esta preparação é aplicada externamente com a ajuda de tiras de pano de linho. Fontes: Moraes, 1952, vol. IV, p. 45; Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 202; Chernoviz, 1890, p. 859. LR

 

Dibá – rico brocado persa. Fontes: Dalgado, 1983, p. 438; Moraes, 1994, vol. II, p. 309. CO

 

Dieta – o mesmo que regimes de vida (regimina sanitatis), isto é, o conjunto de regras que o doente ou pessoa sã devia guardar e seguir para conservar ou alcançar a saúde no corpo. Na dieta estavam incluídos os actos de comer e beber, que no geral deviam ser moderados e adequados ao humor do indivíduo, mas também as restantes seis coisas não naturais, isto é, as coisas necessárias à vida e que, de alguma forma, afectam a condição do corpo (1) ar, clima, ambiente; 2) comida e bebida; 3) dormir e caminhar; 4) movimento/exercício/descanso; 5) evacuação e retenção; e 6) paixões da alma). Antigamente alguns médicos procuravam reabilitar a saúde dos seus pacientes sem recorrer às drogas, baseando-se somente nestes regimes || junta dos príncipes alemães ou dos seus embaixadores para discutir questões do Império || na civilização árabe dieta significava jornada. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 217; Suplemento I, p. 328; Moraes, 1813, vol. I, p. 616. LR

 

Dimiti – espécie de tecido fino de algodão. Fontes: Dalgado, 1983, p. 449; Moraes, 1994, vol. II, p. 315. CO

 

Dioso, diòso – que tem já muitos dias, velho, idoso. Fontes: Moraes, 1813, vol. I, p. 620; Dias, 2003, vol. VI, p. 242. NP

 

Diuli, deuly – candeeiro pequeno na Índia. Fontes: Dalgado, 1983, p. 451; Moraes, 1994, vol. II, p. 328. CO

 

Divisa, devisa – lema ou mote adoptado por um indivíduo ou família para se distinguir. Fonte: Oviedo y Escudero, 1870, p. 266. IS

 

Dizimador, dizimeiro – pessoa que dizima || aquele que cobra os dízimos. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 272. LR

 
Dizimos a Deus – diz-se que os terrenos são Dízimos a Deus quando pela sua exploração o lavrador apenas paga, às Igrejas, párocos delas e pessoas Eclesiásticas para sua congrua sustentação, o dízimo ou a décima parte de todas as novidades e frutos da terra que nascem por si e sem cultura dos homens ou com trabalho e indústria humana como é o pão, hortaliça e coisas semelhantes. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 272. MD
 

ou tudum - mantilha portuguesa antiga usada em Macau. Fonte: Dalgado, 1983, p. 453. CO

 

Doa – donativo. Fonte: Moraes, 1994, vol. II, p. 331. CO

 

Doação, doaçam, doaçaõ, adoação – acto público pelo qual se trespassa um bem ou o seu usufruto; acto de doar. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 273; Moraes, 1813, vol. I, p. 632. LR

 

Doas – ornatos e objectos de limpeza e asseio pertencentes ao enxoval feminino. Fontes: Moraes, 1994, vol. II, p. 331; Viterbo, 1983-1984, vol II, p. 199. CO

Dobadoura, dobadóura, dobadeira – instrumento que serve para dobar as meadas de seda ou linho. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 273; Moraes, 1813, vol. I, p. 633. AR 

 

Dobra – antiga moeda portuguesa do tamanho de dois vinténs || dobra de um vestido ou pano é o tecido volvido para dentro ou para fora de maneira a encurtar o tamanho do mesmo || dobra do escudo eram as várias peças de couro cru que se sobrepunham no escudo militar. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 274; Moraes, 1813, vol. I, p. 633. LR

 

Dodol – doce feito com jagra ou açúcar de palmeira, coco, farinha, etc. Fonte: Dalgado, 1983, p. 454. CO

 

Dola – cidade episcopal francesa, na Bretanha, com Universidade e Parlamento. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 282. RF

 

Doli, dolim – transporte indiano mais modesto que o palanquim ou a machila usado pelas mulheres hindus || semelhante a um grande berço coberto, suspenso dum bambu e conduzido à cabeça por dois ou quatro homens || em algumas partes de Goa o palanquim em que se leva o viático aos enfermos, também designado por coche. Fontes: Dalgado, 1983, p. 457; Moraes, 1994, vol. II, p. 335. CO

 

Dongo – utensílio de chá II pimento no Congo || barco africano construído de um tronco de árvores. Fontes: Dalgado, 1983, p. 457; Moraes, 1994, vol. II, p. 337. CO

 

Dongri – fazenda de algodão grossa e de inferior qualidade na Índia. Fontes: Dalgado, 1983, p. 457; Moraes, 1994, vol. II, p. 337. CO

 

Donzela, donzella – mulher solteira || virgem || mulher moça, nobre || criada de honra; aia || pequena banca para colocar à cabeceira da cama || velador. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 290; Moraes, 1980, vol. II, p. 337; Machado, 1991, vol. II, p. 503; Ferrão, 1990, vol. IV, p. 257. AD e CO

 

Doria, dória – antigo tecido de Madrasta e de Bengala || planta vulnerável || dois rios no Piemonte, Itália. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 291; Dalgado, 1983, p. 459; Moraes, 1994, vol. II, p. 338. CO

 

Dormideira – planta originária do Oriente da qual se extrai o ópio. Espécie de papoila com propriedades calmantes e narcóticas. As suas sementes são utilizadas para fins medicinais. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 293; Chernoviz, 1890, pp. 880-881; Moraes, 1980, vol. II, p. 338. AD

Dorna – alguidar de grandes dimensões, sem tampa, que servia para pisar as uvas aquando da vindima e para o transporte das mesmas para o lagar || vasilha onde se transportavam legumes, cereais ou outros alimentos. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 295; Moraes, 1980, vol. II, p. 338. LR  

 

Dornão – dorna de grandes dimensões. Fonte: Moraes, 1980, vol. I, p. 917. OV

 

Dorra - palavra de honra. Fonte: Quintão, 1951, p. 26. AD 

 

Dorsel – corruptela de dorsal, isto é, relativo ao dorso || a parte posterior da cadeira onde se encostam as costas || o mesmo que dossel. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. II, p. 295; Moraes, 1980, vol. II, p. 338. AD

Dossel, docel, dorsel, droce e céu, sobrecéu – embora o termo céu ou sobrecéu, designe o têxtil suspenso horizontalmente sobre um móvel e o dossel seja relativo à parte suspensa na vertical (junto às costas – dorso, do francês dos), os dois termos são na grande maioria dos casos usados indiscriminadamente para significar a parte têxtil (ou de madeira), suspensa exteriormente ao leito (tecto ou parede), ou fixa numa armação, cobrindo-o total ou parcialmente. Usa-se a mesma designação para as cadeiras de estado ou aparadores. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. II, pp. 277-278; Candi, 1985, p. 327; Sousa e Bastos, 2004, pp. 67-68. AD 

 

Dragão – peça antiga de artilharia de grosso calibre. Fontes: Moraes, 1980, vol. II, p. 341; Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 303. RF

Dragona – adorno para os ombros usado pelos militares e que varia consoante as patentes; pala ou cartão revestido de pano ou peça de metal ornada, por vezes, com franjas de ouro ou seda. Fonte: Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, 1981, vol. IX, p. 295. AR
 

Droga – fazenda leve de lã ou seda || coisa que serve para pouco ou nada || designação geral de toda a substância que se emprega como ingrediente de tinturaria quer na química como na farmácia. Fonte: Moraes, 1980, vol. I, p. 920. OV

 

Dugaza, duguaza, durgagim – antigo tecido de Bengala. Fontes: Dalgado, 1983, p. 463; Moraes, 1994, vol. II, p. 344. CO

 
Duquesa – nome de certo pano de lã. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 312. MD
 

Durante – droga estreita e rara de lã, rasa, ou sem frisa; tecido de lã lustroso como o cetim. Fontes: Moraes, 1813, vol. I, p. 643; 1999, vol. II, p. 345; Machado, 1996, vol. II, p. 510. OV e CO

 

Duraque – tecido forte e consistente aplicado sobretudo ao calçado das senhoras. Fonte: Moraes, 1999, vol. II, p. 345. CO

 

Durião, duriam – fruta da Malásia com o tamanho dum melão e externamente espinhosa ou encrespada, proveniente de árvore da família das bombeáceas. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 314; Linschoten, 1998, p. 221; Dalgado, 1983, pp. 464-465; Moraes, 1994, vol. II, p. 346. CO

 

Dusum – quintas fora de Malaca e que se destinavam sobretudo a actividades de prazer e recreação. Fonte: Azevedo, 2001, p. 73. CO