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Sabre – espécie de espada, mais ou menos curta, que só corta de um lado. Fonte: Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, 1981, vol. XXVI, p. 495. RF |
Saburra – saibro, areia grossa que serve para lastrar || saburra dos “humores” é a carga dos “humores” || substância viscosa que se acumula nas paredes do estômago depois de más digestões; substância que cobre a língua dos doentes que sofrem do estômago. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. VII, p. 417; Moraes, 1813, vol. II, p. 652; Chernoviz, 1890, p. 920. LR |
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Sacabuxa – instrumento musical de metal a modo de trombone e chamado assim pela maneira de o tocar, metendo e tirando uma na outra as duas partes de que se compõe. Fonte: Oviedo y Escudero, 1870, p. 288. IS |
Sacarmambum, sacar mambum, ou tabaxir – açúcar de bambu. Fonte: Linschoten, 1998, pp. 224, 402. CO |
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Saca-rolhas – utensílio doméstico que serve para tirar rolhas de garrafas. AR |
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Sacho, sácho – instrumento semelhante à enxada, composto por um cabo onde, numa das extremidades, encaixa uma lâmina mais pequena que a daquela; serve para rapar as ervas pequenas que nascem junto aos pés do trigo e do milho. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. VII, p. 420; Moraes, 1813, vol. II, p. 653. LR |
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Sacho-forquilha – instrumento agrícola composto por um cabo no qual, numa das extremidades, entra uma lâmina semelhante à da enxada (de um lado) e (do outro lado) três dentes (forquilha); é utilizado para arrancar as ervas daninhas. LR |
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Sacra – tábua ou algo semelhante que se põe no meio do altar com as palavas da consagração, a glória, o credo e para ajudar a memória do sacerdote no sacrifício da missa. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. VII, p. 421. LG |
Sacramental – tudo o que está relacionado com os Sacramentos || título da obra de Clemente Sánchez de Vercial datada de 1423 e que é tido como o primeiro livro impresso na Península Ibérica. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. VII, pp. 421-422. LR |
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Sacrário – pequeno nicho colocado em cima e atrás no altar onde se guarda a reserva eucarística. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. VII, p. 422; Thesaurus, 2004, p. 50. LR |
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Safra, açáfra, çafra, sáfra – instrumento, bigorna de ferreiro || colheita, seara || ano de safra é o mesmo que dizer ano abundante. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. VII, p. 428; Moraes, 1813, vol. II, p. 655. AR |
Sagapeno, sagapéno – substância farmacêutica; goma, cujo exterior é avermelhado e o interior branco; possui um cheiro forte, semelhante ao pinheiro. Pode ser penetrante, aperitiva e sudorífica. Fontes; Bluteau, 1712-1728, vol. VII, p. 428; Moraes, 1813, vol. II, p. 656. AR |
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Sages – prudente, sisudo. Fonte: D. Duarte, 1942, p. 86. LR |
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Sagral justiça – o mesmo que justiça secular. Fonte: D. Duarte, 1942, p. 20. LR |
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Saguate, saugate – presente, donativo. Presentes oferecidos durante certas festividades. Fonte: Lexicoteca, 1985,vol. II, p. 1081. CO |
Sagui, saguim – macaco pequeno de cauda longa e fina, que era comido no Brasil pelos autóctones. Fonte: Lexicoteca, 1985,vol. II, p. 1051. CO |
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Saia, saya – capa, saio ou roupão de secular || túnica ou hábito de religioso. Fonte: Viterbo, 1983-1984, vol. II, p. 548. CO |
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Saial, sayal – de saio || vestidura para homem e mulher feito em pano grosseiro || pano grosseiro e felpudo numa das faces. Fontes: Dias, 2003, vol. VI, p. 618; Lexicoteca, 1985, vol. II, p. 1051. CO e NP |
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Saimento, sahimento, seyamento – cerimónia fúnebre na qual os anojados saiam pelas ruas vestidos de luto e com os seus capuzes para assistir às exéquias na Igreja. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. VII, p. 433; Moraes, 1813, vol. II, p. 698. LR |
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Sainho – veste antiga usada tanto pelas mulheres nobres como plebeias || diminutivo de saio || gibão redondo e sem abas. Fonte: Viterbo, 1983-1984, vol. II, p. 545. CO |
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Saio, sayen – antiga veste masculina curta, quadrada, larga com abas ou quartos e fraldão, feita geralmente de pano grosseiro e usada pelos guerreiros || casacão militar || peça da armadura que descia da cintura até aos joelhos || o saio feminino era um pano enrolado à volta da cintura e preso por um fio grosso, botões ou colchetes || no Minho, véstia. Fontes: Linschoten, 1998, pp. 127, 402; Lexicoteca, 1985, vol. I, p. 1052; Machado, 1991, vol. V, p. 612; Moraes, 1994, vol. V, p. 72. CO |
Sajaria, ssajaria – o mesmo que sabedoria. Fonte: D. Duarte, 1986, p. 106. AR |
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Sal índico – sal de pedreira. Fonte: Dalgado, 1919-1921, vol. II, p. 277. CO |
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Saladeira – peça de loiça onde se faz e serve a salada. Fonte: Lexicoteca, 1985, vol. II, p. 1053. CO |
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Salamandra – estufa móvel de aquecimento. Fonte: Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, 1981, vol. XXVI, p. 670. AR |
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Saleiro – recipiente para colocar o sal. Podia ser um objecto de luxo, em porcelana, muitas vezes individual e colocado na mesa. Também os havia rústicos, na cozinha dos camponeses. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. VII, p. 445; Moraes, 1813, vol. II, p. 659. IS |
Salenda – espécie de xaile usado pelas mulheres malaias para cobrir a cabeça e os ombros || espécie de manta de algodão usada pelos homens em Timor. Fonte: Dalgado, 1919-1921, vol. II, p. 277. CO |
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Salepo – bolbo comestível que se retira dos tubérculos de diversas orquídeas. Fonte: Chernoviz, 1890, pp. 928-929. LR |
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Salgadeira – caixa de madeira, onde se guarda a carne salgada II tina com fundos postiços por cima na qual se tem de molho na salmoura a carne, ou peixe. As melhores salgadeiras são as que se fazem de um pau de pinho bem grosso e largo e que se cobre com tampa da mesma largura. Fontes: Bluteau, 1712 – 1728, vol. VII, p. 446; Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, 1981, vol. 26, p. 726. MD |
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Salitre – o mesmo que nitrato de potássio; sal mineral, meio volátil e meio fixo. Forma-se através de um ácido do ar, que após a penetração nas pedras se fixa e incorpora nelas. Pode servir para criar explosivos, se misturado com substâncias combustíveis. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. VII, p. 448; Moraes, 1813, vol. II, p. 659; Monteiro, 2001, p. 84. AR |
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Salsaparrilha, salsa parrilha, salsa-parrilha – primeiro chamou-se sarça parrilha, isto é, silva a modo de parra. Espécie de silva grande e espessa, cujas raízes são compridas. Era dada aos sifilíticos através de apozemas, cozimentos, xaropes, pós, conservas, trociscos, bocados, bolo ou pílulas. A salsa parrilha é sudorífica e defecativa. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. VII, pp. 451-452; Arraiz, 1683, Parte I, pp. 52-60. LR |
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Salva, sálva – peça de prata, ouro ou outro material, sustentada por um ou mais pés, com que se servia o vaso onde o senhor bebia || tiro de canhões, sem bala, aquando de festas, vitórias, aniversários de príncipes ou reis || travessa redonda ou ovalada de decoração variada || aplauso. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. VII, p. 456; Moraes, 1813, vol. II, p. 662: Thesaurus, 2004, p. 143. AR |
Salvagina – carne de caça grossa montesa; a pele dos veados, dos javalis e de outros animais montanheses ainda não tratada. Fonte: Dias, 2003, vol. VI, p. 620. NP |
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Sambuco, sambuquo, zambuco, zambuquo – pequeno barco oriental de fundo chato e sem coberto. Fonte: Dalgado, 1919-1921, vol. II, pp. 488-489. CO |
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Samovar – espécie de chaleira russa, normalmente de cobre. É constituído por uma vasilha em forma de urna que se compõe de um recipiente circular, munido de uma ou várias torneiras na parte inferior, na qual se põe a água, e de um tubo cilíndrico onde se colocam brasas acesas que fazem ferver a água. Divulgou-se em Portugal no séc. XIX. Fontes: Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, 1981, vol. XXVI, p. 878; Barros, 2002, p. 45; Moraes, 1999, vol. V, p. 83. AR e CO |
Sancadilha, sancadílha, ssacalhinha, zancadilla – dar a alguém um golpe na perna com o intuito de o derrubar; camba-pé. Fontes: D. Duarte, 1986, p. 122; Bluteau, 1712-1728, vol. VII, p. 466; Moraes, 1813, vol. II, p. 664. AR |
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Sândalo – madeira proveniente do sudeste asiático (Índia e Timor). Desta árvore eram extraídos óleos aromáticos e a sua madeira utilizada na marcenaria. Segundo Salgado, o sândalo era utilizado como tónico e ainda como estimulante cardíaco. Muitos autores referem que o sândalo não deita cheiro senão depois de lhe ser retirada a casca e quando está muito seco. Há várias espécies de sândalo: o amarelo ou citrino é empregue no alívio das dores de cabeça; o vermelho ou roxo é utilizado contra o catarro. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. VII, pp. 467-468; Salgado, 1996, p. 538; Costa, 1964, pp. 101-110. LR |
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Sanefa, sanêfa, çanefa - faixa de pano, seda, madeira, etc., que se estende ou atravessa como ornato a parte superior de uma cortina de uma porta, janela, cadeira episcopal, trono ou altar. Foram usados na talha joanina, imitando tecidos || espécie de franja ou cadilho || tábua atravessada que segura uma série de outras que lhe são perpendiculares. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. VII, p. 469; Moraes, 1980, vol. V, p. 85; Silva e Calado, 2005, p. 327. AD |
Sangrador – aquele que faz sangrias || barbeiro. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. VII, p. 469; Moraes, 1813, vol. II, p. 665. LR |
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Sangradouro, sangradura – parte inferior do braço, oposta ao cotovelo, onde o barbeiro/sangrador picava a veia para sangrar || lugar onde se desvia para um outro canal a água de um rio. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. VII, pp. 469-470; Moraes, 1813, vol. II, p. 665. LR |
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Sangria – corte que se faz nas veias de um dos braços para se libertar o sangue e os “humores” do corpo; flebotomia || acto de misturar água ao vinho para o enfraquecer || extorquir dinheiro. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. VII, p. 470; Moraes, 1813, vol. II, p. 665. LR |
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Sangue de dragão, sangre de drago – resina de cor muito vermelha usada nas boticas e retirada de uma árvore semelhante ao pinheiro, que dá frutos semelhantes às ginjas. Difere do lacre pelas suas propriedades defecativas. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. VII, pp. 471-474. LR |
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Sanguineo, sanguíneo, sanguinho – pano rectangular com o qual se limpa/purifica o cálice, a patena e as âmbulas depois da comunhão || o que deriva do sangue || indivíduo com humor sanguíneo || madeira avermelhada dos Açores. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. VII, 475; Moraes, 1813, vol. II, p. 666; Linschoten, 1998, pp. 340, 402. LR e AR e CO |
Sanguinha – pedra semelhante à ágata de cor de sangue || planta que faz estancar o sangue que se deita pela boca; o mesmo que corriola || chouriço de carne, gordura e sangue de porco. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. VII, p. 475; Moraes, 1813, vol. II, p. 666; D. Duarte, 1942, p. 166. LR |
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Santaome, sanctomeri – pano fabricado em Santomer, cidade dos Países Baixos, na Província de Artois. Fonte: Viterbo, 1983-1984, vol. II, p. 548. CO |
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Santos óleos – óleos que se benzem na quinta-feira das Endoenças e com os quais se untam os fiéis em alguns sacramentos (no baptismo, a cabeça; na confirmação, a testa; na extrema unção, as partes do corpo relacionadas com os cinco sentidos e ligadas ao pecado). Geralmente eram fornecidos pela sede do bispado ou arcebispado. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. VI, p. 55. LR |
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Sapão, sapaão, sapanga – madeira da árvore Caesalpina sappan proveniente do Japão, empregue em tinturaria e vulgarmente chamada pau preto ou pau brasil. Fontes: Linschoten, 1998, pp. 121, 133 e p. 403; Dalgado, 1919-1921, vol. II, pp. 209-291; Lexicoteca, 1985, vol. II, p. 1078; Machado, 1991, vol. V, p. 647; Moraes, 1994, vol. V, p. 91. CO |
Sapatinha – sapata pequena. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. VII, p. 490; Moraes, 1813, vol. II, p. 668. LR |
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Saponária, saponaria – erva que quando esfregada entre as mãos com água faz espuma e com ela se lavavam os panos e se tiravam as manchas da pele. Esta erva atenua os “humores”, provoca o suor e depois de cozida é benéfica para os asmáticos; aplicada externamente alivia os tumores e elimina as comichões. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. VII, pp. 493-494; Moraes, 1813, vol, II, p. 668; Chernoviz, 1890, p. 933; Arraiz, 1683, Parte I, p. 161. LR |
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Saquetaria, çaquitaria – lugar ou dispensa onde se guardava o pão. Fonte: Viterbo, 1983-1984, vol. II, p. 68. CO |
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Saquiteiro, çaquiteiro - o oficial que tem a seu cargo o pão cozido para a mesa do rei. Fonte: Viterbo, 1983-1984, vol. II, p. 68. CO |
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Saraço, saraça – tecido de cor, geralmente de algodão, com que as mulheres malaias e algumas indianas cristãs se enrolam da cintura para baixo. Fonte: Dalgado, 1983, p. 293. CO |
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Saragoça, çaragoça - tecido grosso de lã fabricado em Saragoça. Fonte: Lexicoteca, 1985, vol. II, p. 1083. CO |
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Sarâmbia – masturbação. Fonte: Moraes, 1980, vol. II, p. 105. OV |
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Sarambura, sarampura, serampuri – tecido fino de algodão feito em Sarampura, nas proximidades de Calcutá (Bengala), e apreciado em toda a Índia. Fontes: Linschoten, 1998, pp. 109, 118, 403; Dalgado, 1919-1921, vol. II, p. 293-294; Lexicoteca, 1985, vol. II, p 108; Machado, 1991, vol. V, p. 654; Moraes, 1994, vol. V, p 95. CO |
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Sari – pano de algodão ou seda, com o qual na Índia as mulheres hindus se vestem, enrolado em volta do corpo e com uma ponta passando sobre a cabeça ou o ombro esquerdo. Fontes: Linschoten, 1998, pp. 109, 110, 403; Dalgado, 1919-1921, vol. II, p. 295. CO |
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Sarilho – espécie de dobadoura em que se enrolam os fios das maçarocas para fazer meadas. Fonte: Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa, 1948, vol. II, p. 1059. OV |
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Sarja, sarjo – tecido de seda, lã ou algodão entrançado || incisão cirúrgica superficial, para extracção de sangue ou pus; escarificação. Fontes: Moraes, 1980, vol. V, p. 97. RF |
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Sarta, sartal – cordão ou fio de pérolas. Fonte: Viterbo, 1983-1984, vol. II, p. 548. CO |
Sassafrás, salsafras, salsafraz, sassafras, sassafraz – a raiz desta planta era usada na medicina pelas suas propriedades sudoríficas e entrava nos medicamentos contra a sífilis. Fontes: Chernoviz, 1890, pp. 963-964; Arraiz, 1683, Parte I, p. 161. LR |
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Sata - duas centenas II duzentas moedas de cobre enfiadas num cordão. Fonte: Linschoten, 1998, pp. 118, 404. CO |
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Sauna – banho a vapor || instalação onde se tomam banhos a vapor. AR |
Sazão, sezão, sezaõ, sazam, sezam – tempo. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. VII, pp. 518, 633; D. Duarte, 1942, p. 323. LR |
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Scorzo – corticeira ou cortiça || vasilha para guardar ou levar o vinho; ordinariamente seis canadas. Fonte: Viterbo, 1983-1984, vol. II, p. 552. CO |
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Se acoste acerca – se aproxime. Fonte: D. Duarte, 1942, p. 124. LR |
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Sebasto, sabasto, sabastro, savastro – tira de pano de cor diferente; adorno de paramento. Fontes: Moraes, 1956, vol. IX, p. 957; 1813, vol. II, p. 674; Bluteau, 1712-1728, vol. VII, p. 533; Suplemento I, pp. 201-202. LR |
Seda de barriga, seda de cabeça – seda de qualidade inferior. Fonte: Dalgado, 1919-1921, vol. II, p. 302. CO |
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Seda de Fu-shan, fuscam, fuscan - variedade de seda da China de boa qualidade proveniente do distrito de Fu-shan, na Província de Shantung ou de Foshan, uma cidade com uma antiga indústria de seda, perto de Cantão. Fonte: Linschoten, 1998, pp. 133, 404. CO |
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Seda de Nankhang, Lankam ou Nanchang – seda da China de má qualidade, produzida perto do Lago de Poyang. Fonte: Linschoten, 1998, pp. 133, 404. CO |
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Sedeiro – tábua com dentes de ferro dispostos em fileira por onde se passa o linho para lhe separar a estopa e afiná-lo ou assedá-lo. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. VII, p. 544; Moraes, 1813, vol. II, p. 676. AR |
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Sedela, sedélla – fio resistente e pouco perceptível na água, com que é atado o anzol à cana || Trincar a sedélla: como o peixe faz ao pescador; alguém deixar outrem frustrado nas expectativas. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. VII, p. 544; Moraes, 1813, vol. II, p. 676; Dias, 2003, vol. VI, pp. 631. NP |
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Sedenho – cilício de sedas ásperas, duras e mortificantes. Fonte: Viterbo, 1983-1984, vol. II, p. 552. CO |
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Sedimento de vegetais em pó – puré de legumes || papas; caldo de papas. Fonte: Roque, 1979, p. 331. LR |
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Seeda – assento, banco, lugar || posto || estada || jazida. Fonte: Viterbo, 1984, vol. II, p. 552. CO |
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Segar – ceifar. Fonte: Conde, 1999, p. 126. LR |
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Segóvia – pano proveniente da cidade episcopal da velha Castela || sarâmbia. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. VII, p. 547; Moraes, 1980, vol. II, p. 1972. OV |
Seibão – alpendre || toldo ou dossel da Pérsia. Fontes: Dalgado, 1919-1921, vol. II, p. 302; Machado, 1991, vol. VI, p. 9. CO |
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Seiteira, seitoura, seitoira – foice para ceifar cereais. Fonte: Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, 1981, vol. XXVIII, p. 145. RF |
Seleiro – aquele que se dedica a executar selas, selins e arreios. Fonte: Dias, 2003, vol. VI, p. 632. NP |
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Semeadura, semadúra – acto de semear || o grão que se há-de semear. Fonte: Moraes, 1813, vol. II, p. 682; Bluteau, 1712-1728, vol. VII, p. 564. RF |
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Sene, senne – nome vulgar de várias espécies do género Cassia com fins terapêuticos purgantes || homem idoso || nome que em Angola se dá a uma gramínea de raiz-doce. Fontes: Moraes, 1957, vol. X, p. 48; 1813, vol. II, p. 686; Bluteau, 1712-1728, vol. VII, p. 578; Chernoviz, 1890, pp. 984-985. LR |
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Sequilho – bolo de farinha seco || ramo fino e seco de uma árvore. Fonte: Moraes, 1957, vol. X, p. 91. LR |
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Serafina – tecido de lã próprio para forros; espécie de baeta encorpada com desenhos. Fonte: Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, 1981, vol. 28, p. 394. MD |
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Serguilha, serguílha – pano de lã, mais tapado que silício. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. VII, p. 603; Moraes, 1813, vol. II, p. 691. AR |
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Seringar, siringar, ciringar – deitar algum líquido com a ajuda de uma seringa. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. VII, p. 604; Moraes, 1813, vol. II, p. 692. LR |
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Serpentina – uma vela de três lumes, com que se celebra o Sábado Santo. Por estarem as extremidades enroscadas umas nas outras chama-se serpentina || castiçais de prata, ou outro metal, que têm três braços, ou ramos, também se dá este nome || serpentina em que andam na Bahia e outras partes do Brasil, é uma rede coberta com tecto e cortinas a modo de liteira; dois homens levam-na com uma cana à moda de Angola nos ombros. Chama-se serpentina porque as primeiras levavam por remates a cabeça e a cauda de uma serpente. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. VII, p. 608. LG |
Serpilho, serpillo – serpol, serpão, tomilho ou erva ussa. Fontes: Moraes, 1813, vol. II, p. 692; Roque, 1979, p. 338. LR |
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Serra braçal – serra de braços, constituída por uma lâmina de dentes afiados e inclinados de modo a permitir um corte mais eficiente. Apresentava-se enquadrada numa armação rectangular composta por dois braços de madeira que permitiam o suporte da serra por meio de parafusos. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. VII, p. 608. LR e AR |
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Serra de mão – serra para uma pessoa só. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. VII, p. 608. LR e AR |
Servente do azul, homem do azul – nome dado nas confrarias de misericórdia aos que serviam a instituição por salário, assim designados por vestirem farda azul. Não podiam ser admitidos por irmãos. IS |
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Servilha – no Alentejo, é o mesmo que alpercata || género de calçado de couro muito leve, sem solas, como as que se vêem nos pés dos anjos nas procissões || barco de pesca de sardinhas. Fontes: Moraes, 1980, vol. V, p. 134; Bluteau, 1712-1728, vol. VII, p. 616. RF |
Servilheta – criada, serva. Fonte: Moraes, 1980, vol. V, p. 134. RF |
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Sesma, seisma – sexta parte de alguma coisa. Fonte: Moraes, 1813, vol. II, pp. 681, 695. LR |
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Sesso – ânus. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. VII, p. 621; Moraes, 1813, vol. II, p. 696. LR |
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Sibana – barraca; choupana; tenda de campo; palhoça; cabana. Fonte: Viterbo, 1983-1984, vol. II, p. 563. CO |
Silício, selício – pano de lã grosseira, menos tapado que a serguilha (ver Serguilha). Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. VII, p. 645; Moraes, 1813, vol. II, p. 699. AR |
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Siligo, siligem – pão de primeira qualidade. Fonte: Roque, 1979, p. 339. LR |
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Sinabafo, sinbaffo, sinafalo, synabafo, synabufo – tecido branco e fino de algodão fabricado em Bengala e usado localmente para toucas e camisas. Fontes: Barbosa, 1989, p. 26; Dalgado, 1919-1921, vol. II, p. 306. CO |
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Sinete – objecto composto por um cabo, que pode ser de osso, marfim ou outro material, e uma extremidade de metal, na qual existe um baixo relevo em negativo, com um monograma ou as armas da família, que se pressiona sobre o lacre quente, de modo a selar as cartas de forma personalizada Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. VII, p. 656. AR |
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Sirgo - o mesmo que bicho-da-seda || seda || palavra castelhana que equivale a seda torcida ou retrós || serguilha (ou sirguilha) grossa. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. VII, p. 662; Costa, 2004, p. 157; Moraes, 1980, vol. V, pp. 130, 158. AD |
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Sirgueiro, sirigueiro, sirigueyro, serigueiro – aquele que trabalha em obras de fio ou cordões de seda ou lã, franjas, etc. || sirgueiro de chapéu é aquele que vende chapéus. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. VII, p. 662; Moraes, 1980, vol. V, p. 158. AD |
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Sírio - no Brasil, saco para transportar mandioca || estrela de primeira grandeza, que faz parte da Constelação do Cão Grande. Fonte: Bluteau, 1720, vol. VII, p. 662; Moraes, 1994, vol. V, p. 159. OV |
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Sitial – cadeirão com almofada aos pés e com uma mesa diante, coberta com um tapete e outra almofada || assento sem braços nem espaldar usado pelas senhoras no estrado. Fonte: Oviedo y Escudero, 1870, p. 295-296. IS |
Soage, soaje, soages – certo ornato, espécie de arabesco. Fonte: Moraes, 1980, vol. V, p. 162. RF |
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Soagem – folhagem || erva anual ou bienal da família das boraginácias. Fonte: Moraes, 1980, vol. V, p. 162. RF |
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Soão – vento do lado Este || oriente || lado que nasce o Sol. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. VII, p. 668. LR |
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Sobrecama – colcha; cobricama. Fonte: Ferrão, 1990, vol. IV, p. 273; Machado, 1991, vol. VI, p. 107. CO |
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Sobrecéu, sobreceo, sobre ceo - cobertura suspensa por cima de um leito, de um pavilhão ou de um trono. O sobrecéu da cama é um pano estendido por cima que prende nas quatro colunas do leito; dossel || parte superior de um baldaquino || guarda-pó || também se chama sobrecéu aos panos que têm lugar de dosséis e que adornam altares. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. VII, p. 674; Moraes, 1980, vol. V, p. 165; Silva e Calado, 2005, p. 335. AD |
Sobremesa – fruta, doce, queijo ou outra iguaria mais ou menos leve e delicada, com que se termina uma refeição || o momento em que come essa parte da refeição || pano decorativo destinado a cobrir as bancas de trabalho e de aparato. Fontes: Ferrão, 1990, vol. IV, p. 273; Machado, 1991, vol. VI, p. 110. CO |
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Sobrepeliz – veste de linho branco, comprida, sem mangas e com capuz que é usada pelos sacerdotes sobre a batina. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. VII, p. 678. LR |
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Sobrepojamento – excesso. Fonte: D. Duarte, 1942, p. 89. LR |
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Soga – corda grossa de esparto curado ou de ouro material || correia. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. VII, p. 691; Moraes, 1813, vol. II, p. 715. OV |
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Solha, sólha – peixe do rio || arma defensiva usada antigamente, feita em couro, acolchoada e forrada com cânhamo, onde se embutiam lâminas de ferro dispostas lado-a-lado, fazendo lembrar o peixe solha || armadura. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. VII, p. 706; Moraes, 1813, vol. II, p. 717; Monteiro, 2001, p. 84. AR |
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Solía – fazendas de lã comum || pano usado por senhoras nobres em Portugal no séc. XIV. Fontes: Moraes, 1813, vol. II, p. 717; Viterbo, 1983-1984, vol. II, p. 569; Lexicoteca, 1985, vol. II, p. 1198. CO |
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Solias – solas || sapatos || todo o tipo de calçado. Fonte: Viterbo, 1983-1984, vol. II, p. 569. CO |
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Solidéu – barrete redondo e liso de tecido de cor encarnada ou púrpura utilizado pelos bispos, arcebispos ou cardeais. Fonte: Sá, 2004, p. 159. CO |
Solimão, solimaõ, solimao – composição de azougue, salitre e vitríolo sublimados da qual resulta uma massa venenosa. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. VII, p. 707; Moraes, 1813, vol. II, p. 718. LR |
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Soma – embarcação semelhante ao junco (barco), também com velas de esteira, usada na guerra e para efeitos de comércio. Fonte: Pereira, 1992, p. 58. CO |
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Sombreiro – chapéu de aba larga || qualquer coisa que faz sombra || uma espécie de peixe. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. VII, pp. 717-718; D. Duarte, 1986, p. 36. LR e AR |
Sopas – refeição comum no refeitório das comunidades religiosas || comida frugal. Fonte: Viterbo, 1983-1984, vol. II, p. 570. CO |
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Sorça, çorço, sorço – cabana de caniço que servia para guardar galinhas; galinheiro, capoeira. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. VII, p. 729; Moraes, 1813, vol. II, p. 724. LR |
Soria, coria – cidade episcopal de Castela. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. II, p. 548. LR |
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Spadoa – entrecosto de porco. Fonte: Viterbo, 1983-1984, vol. II, p. 570. CO |
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Splênico – termo antigo que designa baço (órgão). Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. VII, p. 745. LR |
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Splenite – inflamação do baço. Fonte: Chernoviz, 1890, p. 1012. LR |
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Sse teer em muyto – ter uma grande opinião de si próprio. Fonte: D. Duarte, 1942, p. 48. LR |
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Suadouro – medicamento ou xarope que faz suar; deve ser tomado logo de manhã e, segundo Bluteau, à tarde por volta das cinco horas. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. VII, p. 754; Moraes, 1813, vol. II, p. 729. LR |
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Sucessão legítima – é a sucessão que consiste no chamamento dos herdeiros legítimos à sucessão, por o autor desta não ter disposto, através de uma escritura, válida e eficazmente, no todo ou em parte, dos seus bens. Fonte: Franco e Martins, 1983, p. 666. MD |
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Sucessão testamentária – “consiste no chamamento à sucessão dos herdeiros designados em testamento, isto é, num acto unilateral e revogável pelo qual um indivíduo dispõe de todos os seus bens ou parte deles para depois da morte”. Fonte: Franco e Martins, 1983, p. 667. MD |
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Sucho – desapertado, solto. Fonte: Roque, 1979, p. 154. LR |
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Sudorífico, sudorifero – medicamento que faz suar. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. VII, p. 774; Moraes, 1813, vol. II, p. 735. LR |
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Sufrágio eclesiástico, sufrágio da Igreja – qualquer obra boa para ajudar espiritualmente a alma do próximo como, por exemplo, jejuns, orações, esmolas, missas aplicadas para alcançar aumentos de graça. Fonte: Bluteau, 1712 – 1728, vol. VII, p. 777. MD |
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Sumagre, açumagre – planta que nasce em terreno pedregoso da qual se extrai uma goma que, segundo Bluteau, colocada na cova do dente retira a dor. O sumagre dá um fruto de gosto azedo e que antigamente era usado como substituto do sal. As folhas e casca desta planta serviam não só para a tinturaria, depois de trituradas, como também para curtir couros. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. VII, p. 781; Moraes, 1957, vol. X, p. 500; 1813, vol. II, p. 737. LR |
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Sura – suco extraído de várias palmeiras, consumido fresco e cru como bebida refrescante; depois de levedar, converte-se em vinagre, aguardente e jagra || designação de certas peles, ratadas ou incompletas, usadas na indústria dos curtumes || perónio || barriga da perna. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. VII, p. 496; Linschoten, 1998, pp. 219-220, 405; Dalgado, 1919-1921, vol. II, pp. 330-331; Lexicoteca, 1985, vol. II, p. 1256; Moraes, 1994, vol. V, p. 215. CO |
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Surá – tecido de seda cruzada, macia e leve fabricado na Índia. Fontes: Machado, 1991, vol. VI, p. 190; Moraes, 1994, vol. V, p. 215. CO |
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Surrão, surrao, surraõ, çurrão, surram – algibeira de pastor. Saco de couro usado pelos pastores para levar comida e outros objectos || carga || em Cádis, saco que tem 1500 patacas em valor e peso. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. VII, p. 798; Moraes, 1813, vol. II, p. 742. LR |