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Eido, heidoos lavradores chamam assim ao pátio, espaço que fica entre as habitações dos homens e dos animais. Pátio que dá acesso aos currais. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. IV, p.14. MD
 

Electuário – substância medicinal confeccionada a partir de extractos de plantas e pós, juntamente com açúcar e mel, com a função de purgar. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 21; Moraes, 1980, vol. III, p. 358; 1952, vol. IV, p. 230; Chernoviz, 1890, p. 925. LR

 

Elefancia, elephancia, elefanciaa - espécie de lepra; lepra no seu último grau. Distingue-se da lepra por o corpo do doente apresentar nódoas brancas desiguais e aspereza na pele. Segundo Bluteau a elefância é uma espécie de lepra muito “mais hedionda e horrível”. Fontes: Moraes, 1813, vol. I, p. 651; Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 25; vol. V, pp. 83-84; Suplemento I, p. 363. LR

 

Elefantíase, elefantiase – doença de pele que se caracteriza pelo aparecimento de tubérculos duros e vermelhos. Fonte: Chernoviz, 1890, p. 925. LR

 

Elevação, levação, elevaçam, levaçam – acção de fazer levantar algo || fazer honras a alguém || em cirurgia refere-se a uma fractura no crânio || tumor, inchaço. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, pp. 26-27; Moraes, 1813, vol. II, p. 216; Roque, 1979, p. 167. LR

 

Embuçar – disfarçar, cobrir. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 49. LR

 

Embuço – forma de cobrir o rosto com uma parte do capote || disfarce. Fonte: Moraes, 1980, vol. II, p. 369. LR

 

Empada – pastel de massa cujo recheio pode ser de carne, legumes ou peixe. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 56. LR

 

Empado – que é aparado por estacas, ligando a estas as videiras. Fonte: Dias, 2003, vol. VI, p. 255. NP

 

Empar – paus que se colocam nos pés das videiras para que estas cresçam direitas; cana, vara ou qualquer pau com que se empa uma vinha. Fontes: Moraes, 1952, vol. IV, p. 303; 1813, vol. I, p. 665; Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 57. LR

 

Emparamentos – numa atafona são as tábuas de madeira largas entre as quais anda a mó. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 57. LR e AR

 

Emparedadas – chamavam-se assim as mulheres que viviam num recolhimento. Fonte: Moraes, 1813, vol. I, p. 666. LR

 

Emparedar – colocar entre paredes; prender dentro de paredes ou dentro de uma casa || fazer paredes. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 57; Moraes, 1813, vol. I, p. 666. LR

 

Empecer, empeecer – causar dano, prejudicar; fazer resistência. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 59; D. Duarte, 1942, p. 18. LR

 

Emplastro adesivo – o mesmo que diaquilão. Fonte: Chernoviz, 1890, p. 951. LR

 

Emplastro da mão de Deus – feito com 30 gramas de diaquilão e um de verdete. O mesmo que emplastro divino. Fonte: Moraes, 1952, vol. IV, p. 318. LR

 

Emplastro estomático confortativo – composto por menta, absinto, camomila, sabugueiro, canela, cuscuta, esquinanto e cera. Fonte: Arenales Barrios, 1985, p. 204. LR

 

Emplastro, emplasto, emprasto – unguento farmacêutico de composição sólida à base de diversas drogas que se coloca directamente sobre a pele ou num pano e em seguida sobre a parte doente || emplastro pode designar apenas o pano sobre o qual era estendido o medicamento || medicamento de uso externo, sólido e consistente que se funde com o calor, facilitando a aderência aos corpos || pano que contém uma substância emplástrica para ser aplicado no ferimento ou zona dorida || pessoa que está sempre a medicar-se || pessoa sem força de espírito. Fontes: Moraes, 1952, vol. IV, p. 318; Arenales Barrios, 1985, p. 203; Bluteau, 1712-1728, vol. III, pp. 64-65; Chernoviz, 1890, pp. 950-951. LR

 

Emprazamento – acto de emprazar; aforar || citar alguém para comparecer num determinado dia e lugar; intimar. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 67; Moraes, 1813, vol. II, p. 672. LR

 

Emunctório, emmuntorio, emunctório – diz-se dos órgãos que servem para expulsar determinados “humores”. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 76. LR

 

Encadear – ligar em cadeia || acorrentar. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 78; Moraes, 1980, vol. II, p. 380. LR

 

Encampação, encampaçam, encampacam – acto de encampar. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 79; Moraes, 1813, vol. I, p. 677. LR

 

Encampar – rescindir um contrato ou entregar um determinado bem ao seu dono, por se achar desfavorável o contrato de arrendamento; renunciar. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 80; Moraes, 1813, vol. I, p. 677. LR

 

Encanado – o que está em canas ou talas. Fonte: Dias, 2003, vol. VI, p. 257. NP

 

Encascada – envolvida. Fonte: D. Duarte, 1942, p. 196. LR

 

Encascar – fazer cascos || engrossar uma parede com fragmentos de telha. Fonte: Moraes, 1813, vol. I, p. 681. LR

 

Encastoar – cobrir objectos de valor com filigrana de prata ou ouro. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 37. LR

Enchedeira – espécie de funil que serve para encher chouriços || mulher que enche chouriços. AR  

 

Enchiridion – livro de pequenas dimensões que se levava na mão. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 90. LR

 

Encórdio, encordio – tumor duro que nasce nas virilhas; o mesmo que mula (bubão gálico). Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 94; Moraes, 1813, vol. I, p. 686; Chernoviz, 1890, p. 957; Roque, 1979, p. 167. LR

 

Endoenças, andoenças – solenidades religiosas da Quinta-Feira Santa, também chamada quinta-feira da Paixão || dores da Paixão de Cristo || sofrimento, dores, tormentos. Fontes: Moraes, 1952, vol. IV, p. 400; 1813, vol. I, p. 691; Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 102. LR

 

Enfadamento – desgosto, aborrecimento. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 105; Moraes, 1813, vol. I, p. 692. LR

 

Enfiteuse, emphytèosis, enfiteuses, emphiteuses – contrato pelo qual o senhorio directo de um prédio ou propriedade transfere para outrem o domínio útil da mesma, em troca de um foro. Este tipo de contrato assume frequentemente um carácter perpétuo, na medida em que o directo Senhorio e seus descendentes não o podem desfazer enquanto a renda for paga; daí Bluteau o considerar uma espécie de alienação. Fontes: Moraes, 1813, vol. I, p. 669; Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 63. RF       

 

Enfiteuta, emphyteuta, emphyteóta – aquele que, por contrato, toma à sua guarda e usufruto uma propriedade, com obrigação de a beneficiar e melhorar, exercendo sobre a mesma o domínio útil. Fontes: Moraes, 1813, vol. I, p. 669; Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 63. RF

 

Enfronhado – revestido de fronha || conhecedor, informado, bastante instruído de algo || disfarçado; aquele que quer passar por algo || por vezes o mesmo que “vestido de”. Fontes: Moraes, 1952, vol. IV, p. 423; 1813, vol. I, p. 695; Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 112. LR

 

Engalhar – ocupar || enganar, seduzir, entreter. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 113; Moraes, 1813, vol. I, p. 696; D. Duarte, 1942, p. 180. LR

 

Ensear, enseiar – produzir seio em alguma coisa. Fonte: Moraes, 1952, vol. IV, p. 480. LR      

Entalhador – instrumento de carpintaria que serve para desenhar na madeira; é com este que se desenvolvem os desenhos da talha || oficial que trabalha a talha. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 138; Moraes, 1813, vol. I, p. 708. LR

 

Enteja – repudia. Fonte: D. Duarte, 1942, p. 206. LR

 

Entornar os camareiros – esvaziar os bacios de noite. Fonte: Roque, 1979, p. 208. LR

 

Entrepanos – septos verticais e horizontais nos quais correm gavetas || tábuas do armário que dividem as prateleiras de alto a baixo || espaço entre duas pilastras ou colunas. Fonte: Moraes, 1980, vol. II, p. 419. RF  

Entretalho, antretalho, entretálho – acto de cortar com uma tesoura papel ou tecido de maneira a que fique recortado o desenho de uma figura; procedimento realizado em vestidos, assumindo os buracos ou figuras recortadas cor e forma através da sobposição de tecidos ou materiais de cor diferente. Fontes: Moraes, 1949, vol. I, p. 952; 1813, vol. I, p. 717; Bluteau, 1712-1728, vol. III, pp. 155-156; Dias, 2003, vol. VI, p. 80. NP e LR 

 

Entretela – pano forte, sólido, que se coloca entre a fazenda do fato e o forro || contraforte de muralha. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 156; Moraes, 1980, vol. II, p. 420. OV

Enxada, encháda, enchada – instrumento de agricultor constituído por uma lâmina larga, ligeiramente curva com um olho no qual se coloca um cabo comprido de madeira. Serve para cavar a terra. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 164; Moraes, 1813, vol. I, p. 683. AR 

 

Enxalmadura – aquilo que se põe por cima da albarda de modo a que permaneça assente ou para endireitar a carga; manto que se pousa sobre a albarda. Fonte: Dias, 2003, vol. VI, p. 266. NP

Enxaravia, enxarávia – toucado de seda ou de linho, normalmente utilizado pelas alcoviteiras || tamanco. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 165; Moraes, 1980, vol. II, p. 425; Palla, 1992, p. 70. LR

 

Enxarrafado – que é forrado por dentro. Fonte: Dias, 2003, vol. VI, p. 266. NP

 

Enxerga – pequeno colchão duro, pequeno e grosso || cama pobre || género de almofada que assenta na albarda || tecido não tratado. Fontes: Moraes, 1952, vol. IV, pp. 549-550; 1813, vol. I, p. 723; Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 165. LR 

Enxó, enxô, enxo – ferramenta de carpintaria que serve para desbastar peças grossas de madeira, composta por um cabo pequeno e por uma lâmina curva. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, pp. 167-168; Moraes, 1813, vol. I, p. 724. LR

 

Enxunda, enxundia, enxúndia - gordura das aves; banha do porco; unto || jocosamente refere-se ao volume corpóreo das pessoas muito gordas. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 170; Moraes, 1813, vol. I, p. 725; Dias, 2003, vol. VI, p. 266. NP

 

Epictima, epitima, epithima – remédio confortativo. Fonte: Moraes, 1813, vol. I, p. 727. LR

 

Epistolário, pestuleiro, pistoleiro, espistulário – livro com as epístolas do missal cantadas pelo subdiácono. Fontes: Moraes, 1994, vol. IV, p. 264; Viterbo, 1983-1984, vol. II, p. 477. CO

Epitáfio, epitaphio – inscrição tumular em verso ou em prosa. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 180; Moraes, 1980, vol. II, 432. LR

 

Epitimo, epithymo – erva que dá umas flores amarelas que nasce sobre o tomilho. Esta erva é aperitiva, relaxa o ventre e purifica o sangue. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 181. LR

 

Epitogio – capote ou capa comprida, de que usavam não só os eclesiásticos mas também as mulheres || o mesmo que tabardo ou sobretudo. Fonte: Moraes, 1980, vol. II, p. 432. RF

 

Erisipela, erisypela – tumor inflamado e vermelho que surge na superfície da pele e não chega a penetrar na carne. Quando não tratado pode converter-se em chaga. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 189; Moraes, 1813, vol. I, p. 729; Chernoviz, 1890, pp. 1000-1003. LR

 

Erisipelatoso – tumor ou inchaço onde participa erisipela. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 189; Moraes, 1813, vol. I, p. 729. LR

 

Erva-do-Paraguai – também chamado mate, erva de palos, azevinho do Paraguai, congonha (Brasil) || árvore de pequeno porte, de cujas folhas, semelhantes às de laranjeira, se faz uma espécie de chá, que na Europa se chama chá jesuítico, porque os jesuítas o deram a conhecer aos europeus. Fonte: Caeiro, 1991, vol. I, p. 100, nota 73. CO

Escabelo – assento pequeno de madeira sem braços || espécie de banco. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 200; Moraes, 1980, vol. II, p. 442. OV

 

Escabiosa, escabiósa, escabriola, scabiosa – erva que se diz com propriedades contra a sarna e diversos carbúnculos. Segundo Cabreira esta erva quando comida ou bebida faz sair todos os inchaços internos principalmente os carbúnculos. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 200; Moraes, 1813, vol. I, p. 732; Roque, 1979, p. 157; Cabreira, 1671, p. 216. LR

 

Escalavradura – ferida leve, superficial, que não ultrapassa a pele. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 203; Moraes, 1813, vol. I, p. 734. LR

 

Escalavrar – arranhar, esfolar || danificar, golpear com ferros ou tiros; fazer escalavradura. Fontes: Moraes, 1952, vol. IV, p. 624; 1813, vol. I, p. 734; Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 203. LR 

 

Escalfador de barbeiro - vaso com água quente para a barba. A cobertura é toda em buraquinhos, para a água sair coada. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 204. IS

 

Escanção, escançam – o oficial que deitava o vinho e o servia ao príncipe || copeiro real. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. IV, p. 205; Moraes, 1994, vol. II, p. 445; Viterbo, 1983-1984, vol. II, p. 228; Lexicoteca, 1985, vol. I, p. 944. CO

 

Escançaria – casa ou lugar em casa do príncipe onde o vinho era distribuído. Fonte: Viterbo, 1983-1984, vol. II, p. 228. CO

 

Escano, escanho – caixão fúnebre || o mesmo que escabelo; assento; banco com encosto, junto à lareira || estrado para os pés. Fontes: Bluteau, 1712-1728, Suplemento I, p. 392; Moraes, 1994, vol. II, p. 446; Viterbo, 1983-1984, vol. II, p. 228; Lexicoteca, 1985, vol. I, p. 945. CO e OV

 

Escapadelas – acto de escapar, fugir || escapar do perigo, escapar da ira, escapar da morte, escapar das mãos, escapamos da boa, são expressões comuns para descrever quando alguém se consegue livrar dos perigos ou riscos || não aprender, não perceber o espírito, os sentidos, ou outra coisa qualquer || afastar-se || perder o que tinha seguro || moralmente, ser uma pessoa aceitável || rescisão de um contrato ou arrendamento de qualquer coisa || destituir algo ao primeiro que a possuía. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, pp. 207-208; Moraes, 1980, vol. II, p. 446; Viterbo, 1965, vol. II, p. 228. OV

Escápula, escâpola, escapola prego grande com cabeça em forma de gancho || termo de pedreiro, espaço que medeia entre a esquina da última pedra do envasamento de um cunhal à esquina da primeira pedra do mesmo cunhal || livre de deveres, liberto. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 208-209; Moraes, 1980, vol. II, p. 446. OV

 

Escara – crosta que surge no topo de uma ferida. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 209; Moraes, 1813, vol. I, p. 737; Chernoviz, 1890, pp. 1004-1005. LR

 

Escarcela – bolsa ou carteira que se levava pendente à cintura. Fonte: Oviedo y Escudero, 1870, p. 268. IS  numa pintura

 

Escarlate, escarlata– tecido de seda ou lã de cor vermelha brilhante || figurativo, delirante, exaltado. Fonte: Moraes, 1980, vol. II, p. 448. OV

 

Escarlatim espécie de tecido menos fino que o escarlate. Fonte: Moraes, 1980, vol. II, p. 448. OV

 

Escarmenta – palavra que também se usa no masculino (escarmento). Desengano; acto de corrigir ou castigar. Fontes: Moraes, 1813, vol. I, p. 737; Roque, 1979, p. 156. LR

 

Escarpim – pano de linho ou de outro material que é colocado debaixo da meia || pé de meia || espécie de chinelas || sapato descoberto de sola fina. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 213; Moraes, 1980, vol. II, p. 448. OV

 

Esclavagem – colar de voltas de pérolas, diamantes e outras pedras, usado pelas mulheres || colar ou fio de pérolas, sinal de escravidão. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 215; Moraes, 1994, vol. II, p. 23. CO

 

Esclavina – peça de roupa usada pelos romeiros || murça de couro desde a garganta até a meio dos braços sobre uma espécie de casaca com mangas curtas e até meio da perna || opa de escravo ou cativo resgatado. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 215; Moraes, 1994, vol. II, p. 450; Lexicoteca, 1985, vol. I, p. 949. CO

 

Escoda, escôda – peça de pedreiro. Espécie de martelo, com a cabeça achatada e pontiaguda que os pedreiros usam para uniformizar a face de uma pedra, já desbastada pelo picão. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 216; Moraes, 1813, vol. I, p. 740. LR

Escopeta – espingarda pequena e curta de boca larga usada nos sécs. XVI-XVIII || classe inferior à de freire || termo aplicado a coisas sem utilidade. Fontes: Moraes, 1952, vol. IV, p. 663; 1813, vol. I, p. 741; Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 220; Suplemento I, p. 394; Lexicoteca, 1985, vol. I, p. 951. LR e CO

 

Escópro – instrumento de cortar o ferro, com cabo no outro extremo, usado por carpinteiros e entalhadores. Fonte: Moraes, 1813, vol. I, p. 741. OV

 

Escorcioneira – erva usada contra a peçonha de sapos e víboras. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 220. LR

Escrínio – armário ou cofre para guardar papéis e objectos de escrita. Pequena caixa ou cofre para guardar jóias ou outros objectos preciosos; guarda-jóias, estojo || escrivaninha. Fontes: Moraes, 1980, vol. II, p. 456; Silva e Calado, 2005, p. 44. AD 

Escritório de estrado escritório de banca, geralmente de pequena dimensão, próprio para pousar. Testemunhos do tempo de vida itinerante, os escritórios não possuíam suporte próprio - que só virá depois com os contadores - colocando-se por isso em cima de mesas ou de estrados. Fontes: Pais, 2001, p. 40; Sousa e Bastos, 2004, p. 95; Ferrão, 1990, vol. IV, p. 259. AD e CO  

Escritório, escritorio - espécie de contador com tampa para ocultar as gavetas. Este móvel é composto por um corpo ou caixa contendo gavetas agrupadas em torno de um escaninho, ou gaveta, ocultas por meio de um batente, articulado inferiormente. Este, quando aberto, serve geralmente como superfície horizontal de apoio para a escrita. Designa-se por arca de escritório quando de grande dimensões, e escritório de estrado, de banca, ou de pousar, quando menor. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, pp. 227-228; Moraes, 1980, vol. II, p. 456; Sousa e Bastos, 2004, p. 95. AD 

Escrivaninha, escrevaninha - caixa onde se guardava o necessário para escrever, como penas, tinteiro (vaso em que se molhava a pena para escrever), canivete com que se aparavam as penas e a poeira e o vaso onde se guardava a areia para secar a tinta. A escrivaninha podia ser de metal, vidro ou madeira e, geralmente, era portátil || mesa em que se escreve || secretária de gavetas secretas com tampo inclinado em forma de carteira || ofício de escrivão. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. II, p.105, vol. III, p. 228, vol. VI, p. 566; Moraes, 1980, vol. II, pp. 455-456; Silva e Calado, 2005, p. 144. AD  

 

Escrópulo – peso antigo usado na medicina equivalente a 24 grãos || medida de peso para pedras preciosas, de cinco quilates. Fontes: Linschoten, 1998, pp. 256, 384; Moraes, 1994, vol. II, p. 456. CO

Escudela – malga, tigela para comer ou para fazer bolas de pão para depois levar ao forno. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, pp. 323-324; Moraes, 1980, vol. II, p. 457. LR 

 

Escudete – pequeno escudo feito em metal onde se inscrevem as armas de uma família || chapa exterior de uma fechadura com um orifício no centro onde entra a chave. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 323; Moraes, 1980, vol. II, p. 457. LR

 

Escumilha – chumbo muito miúdo, geralmente utilizado na matança de pássaros || pano branco muito fino e raro. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 235. OV

 

Esguião – pano de linho fabricado no Norte de Portugal com 4 palmos de largo || lençaria fina para camisas. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 398; Moraes, 1813 vol. I, p. 750. OV

Esmaltado – objecto coberto ou ornado com esmalte. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 247. LR

Esmeril – espécie de pedra metálica vermelha muito pesada e muito dura que se acha nas minas, sobretudo de ouro, ferro ou cobre com que os lapidários limpam a totalidade da pedraria; quando reduzida a pó é usada para polir metais e vidro || também era usada na medicina || peça de artilharia pouco maior que o falconete || aperfeiçoamento. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, pp. 248-249; Moraes, 1994, vol. II, p. 465; Lexicoteca, 1985, vol. I, p. 967; Monteiro, 2001, p. 82. CO e AR 

 

Esmoler – indivíduo que faz esmola; também designado esmolador ou esmoleiro. Pessoa caritativa || pessoa encarregue de dar esmolas por outrem, geralmente um membro da alta aristocracia. Fontes: Moraes, 1952, vol. IV, p. 722; 1813, vol. I, p. 752; Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 251. LR

Espada – arma ofensiva, composta por punho, copo e uma folha de aço comprida e pontiaguda. Coloca-se numa bainha e usa-se, traz-se na cinta. Fontes: Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, 1981, vol. X, pp. 175-179; Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 253; Moraes, 1813, vol. I, p. 753. AR
 

Espadana – erva com propriedades digestivas, aperitivas e que faz supurar || barbatana || labareda, língua de fogo. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 255; Moraes, 1813, vol. I, p. 753. LR

Espadela, espadella – instrumento de madeira chato e largo que serve para tirar a parte fibrosa e áspera do linho. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 255; Moraes, 1813, vol. I, p. 754. AR  

Espadilha – em alguns jogos de cartas corresponde ao ás de espadas || peixe pequeno; petinga || pedaço de madeira com 12 buracos nos quais se colocam os fios de cada um dos ramos da teia para ser urdida || chefe. Fontes: Moraes, 1952, vol. IV, p. 730; 1813, vol. I, p. 754; Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 255. LR

 

Espádua, espadua, espadoa, espádoa, espadoas, spadoa – omoplata; ombro. Fontes: Moraes, 1813, vol. I, p. 728; Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 256. AR

 

Espaldar, espáldar – parte traseira da armadura que protege as costas || costas de uma cadeira || panos suspensos em forma de cortinados. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 256; Moraes, 1980, vol. II, p. 468; 1813, vol. I, p. 745. LR e RF

 

Esparavel, esparável – toldo que protege as tendeiras e regateiras || franja de um cortinado || rede de pesca || tábua que os pedreiros usam para colocar a cal nas casas. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 258; Moraes, 1980, vol. II, p. 469; Viterbo, 1965, vol. II, p. 230. LR

 

Esparrela, esparrella, esparrélla – armadilha de caçar pássaros || laço, rede. || Cair na esparrella: ser enganado. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 259; Moraes, 1813, vol. I, p. 756; Dias, 2003, vol. VI, p. 272. NP 

Esparto, espárto – planta da família das Gramínias; espécie de junco, ou varinhas rijas e flexíveis, usado para fazer cordas e esteiras; dá flores pequenas, de cor amarela e sem cheiro. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 260; Moraes, 1813, vol. I, p. 756; Monteiro, 2001, p. 83. AR

Especieiro - o que vende especiaria || no dote da infanta D. Beatriz, de 1522, significa também recipiente para especiarias. Fontes: Moraes, 1813, vol. I, p. 757; Sousa, 1958, p. 27-81. IS

Espenda, espénda, spenda – parte do freio do cavalo || parte da sela na qual as coxas assentam. Fontes: D. Duarte, 1986, p. 32; Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 268; Moraes, 1813, vol. I, p. 758. AR

 

Espigão, espigao, espigam – peça de madeira ou ferro bastante aguçada que serve para cravar uma parede ou chão || termo de carpinteiro que significa o pau que sai dos cantos do telhado e que vai rematar com as tacaniças || botaréu. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 277; Moraes, 1813, vol. I, p. 760. LR

Espiguilha, espiguilhas – cada uma das pequenas espigas de uma espiga composta || renda ou galão estreito com bicos ou pontilhas || obra de linho feita ao bilro. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 277; Machado, 1996, vol. II, p. 675; Moraes, 1999, vol. II, p. 475; Lexicoteca, 1985, vol. I, p. 975. CO

 

Espínula – pequena espinha || alfinete para as vestimentas episcopais. Fontes: Moraes, 1980, vol. II, p. 476; Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 280. RF

 

Esponjas – excrescências líquidas que se formam nas zonas genitais e que são causadas pelo morbo gálico. Fonte: Chernoviz, 1890, p. 1041. LR

Espora – ponta de metal com espigão, munido de uma roseta, que se adapta ao tacão da bota do cavaleiro e com o qual este pica o flanco da montada para a incitar ou para lhe acelerar o andamento || ordem militar da Espora, instituída pelo Papa Pio IV em 1560. Fontes: Moraes, 1980, vol. II, p. 480; Bluteau, 1712-1728, vol. II, p. 288; vol. III, p. 404. RF

Esporta, espórta – alcofa de esparto para pesca || espécie de sacola, ceira, alcofa ou capacho de esparto ou junco. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 764; Moraes, 1999, vol. II, p. 481; Machado, 1996, vol. II, p. 678; Lexicoteca, 1985, vol. I, p. 979. CO

 
Espórtula – donativo em dinheiro ou em alimentos que os parentes do defunto enviavam ao padre da paróquia em pagamento das orações que ele rezava pela salvação da alma do familiar falecido II donativo em retribuição de serviços. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. VII, pp. 745-746; Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, 1981, vol. 10, p. 316. MD
 

Espreguiçadeira, espreguiceiro – banco de dormir a sesta, largo e comprido, também conhecido por camilha de couro || marquesa ||. Fontes: Bluteau, Moraes, 1994, vol. II, p. 481; Freire, 2001, vol. I, pp. 62-64. CO  

 

Espulgado – limpo de pulgas. Fonte: Dias, 2003, vol. VI, p. 274. NP 

 

Esquadrejado serrado ou cortado em esquadria, ou seja, ângulo recto. Fonte: Moraes, 1980, vol. II, p. 482. OV

Esquentador de cama - vaso com brasas ou água quente, com que se corre a cama para a aquecer. “Correr a cama com o esquentador”. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 294. IS 

 

Esquentamento – aquecimento do sangue || o mesmo que gonorreia purulenta, blenorragia. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 295; Moraes, 1813, vol. I, p. 766; Chernoviz, 1890, p. 1041. LR

 

Esquinancia, eschinancia, esquenancia – inchaço dos músculos do esófago que impedia a entrada e saída de ar, sufocando e matando. Existem quatro tipos desta doença: aquela que é interna, também chamada “oculta”; a que é visível por existir um tumor nos músculos da garganta; aquela nos músculos do esófago; e, a que é formada nos músculos da traça artéria. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. III, pp. 295-296. LR

 

Esquinanto – flor de junco. O esquinanto tem propriedades terapêuticas: é atenuante, resistente à malignidade dos humores e diurético. Vulgarmente é chamado de palha de camelo ou palha de Meca. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 296; Moraes, 1813, vol. I, p. 767. LR

 

Esquiro, esquilla, schilla, skella, schella, skillacampaínha para os animais de carga. Fonte: Viterbo, 1965, vol. II, p. 231. OV

 

Essa – estrado onde se coloca o caixão durante as cerimónias fúnebres. Fonte: Monteiro, 2001, p. 83. AR

 

Estadela, estadella – espécie de trono. Cadeira nobre, alta e de braços. Fontes: Sousa e Bastos, 2004, p. 55; Viterbo, 1965, vol. I, p. 296. AD

 

Estadelecer – começar a dormir, dormitar || dormir levemente || toscanejar. Fontes: Moraes, 1980, vol. II, p. 227; Viterbo, 1965, vol. II, p. 442. OV

 

Estamago denominação antiga e popular de estômago || figurativo, ânimo. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 306; Moraes, 1980, vol. II, p. 489. OV

 

Estamenha tecido medíocre de lã confeccionado ao fuso || hábito de frade em burel. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 306; Moraes, 1980, vol. II, p. 489. OV

Estandarte processional – tecido de forma rectangular, decorado com inscrições específicas, que se suspende de um varão horizontal suportado por uma haste e que é levado nas procissões. Ao estandarte que abre as procissões chama-se guião. Fonte: Thesaurus, 2004, p. 136. AR

Estante de missal – suporte inclinado, de madeira ou metal, onde se coloca o missal sobre o altar. Fonte: Thesaurus, 2004, p. 141. AR  

Estardiota, estradiota – modo de montar em que o cavaleiro estira as pernas firmando-se nos estribos. Fontes: Moraes, 1980, vol. II, p. 504; Bluteau, vol. III, p. 312. RF

 

Esteio de leito – balaústre || coluna. Ferrão, 1990, vol. IV, p. 261. CO

Esteira, estèira – rasto que a quilha do navio deixa na água || parte inferior da vela || tecido de junco, tábua e outras palhas para cobrir o pavimento. Fontes: Moraes, 1813, vol. I, p. 774; Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 315. RF

 

Estercar, esterquar – acto de fertilizar a terra com estrume, o mesmo que estrumar ou adubar. Fonte: Moraes, 1813, vol. I, p. 775. RF

 

Estilada excerto bem escrito. Fonte: Moraes, 1980, vol. II, p. 499. OV

 

Estilar destilar, pingar gota a gota. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 319; Moraes; vol. II, p. 499. OV

 

Estilicídio – fluxo aquoso; humor. Fontes: Moraes, 1813, vol. I, p. 776; Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 319. LR

 

Estipêndio, stipendio – salário, soldada || soldo pago aos soldados romanos || imposto pago no Império Romano. Fontes: Moraes, 1952, vol. IV, p. 885; 1813, vol. I, p. 777; Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 323. LR

 

Estíptico, estitico, stiptico, styptico, stitico – o mesmo que adstringir; apertar, fechar || remédio adstringente, isto é, aquele que tem propriedades para parar a evacuação excessiva. Estípticos simples podem ser sementes de beldroegas ou tanchagem; Estípticos compostos podem ser xaropes de romã ou rosas secas. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. VII, p. 75; Moraes, 1913, vol. I, p. 777; Chernoviz, 1890, p. 1012. LR

 

Estirador tábua ou mesa onde se coloca o papel para desenhar ou pintar || provincianismo, cilindro que é utilizado para alargar ou dobrar o linho. Fonte: Moraes, 1980, vol. II, p. 501. OV

 

Estofa – tecido rico de lã, seda ou algodão || qualidade, condição. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 324; Moraes, 1813, vol. I, p. 778; Monteiro, 2001, p. 84. AR

Estola – fita de seda mais larga nas pontas que os sacerdotes colocam sobre os ombros entre a alva e a casula ou, por vezes, por cima da sobrepeliz || do ponto de vista simbólico significava a suavidade do jugo de Cristo || no sentido figurativo significa “veste de glória” || peça de vestuário feminino que chegava até aos pés, normalmente em pele que se assemelha à tira de seda sacerdotal. Fontes: Moraes, 1952, vol. IV, p. 891; 1813, vol. I, p. 778; Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 326. LR  

 

Estomático, stomatico – medicamentos contra as doenças da boca || algo relacionado com o estômago; bom para o estômago. O mesmo que estomacal. Fontes: Moraes, 1952, vol. IV, p. 892; 1813, vol. I, p. 778; Salgado, 1996, p. 535; Bluteau, 1712-1728, vol. III, pp. 326-327. LR

Estopa – pano grosso de linho, pano tecido com a parte mais grossa do linho que fica depois de o passarem pelo sedeiro. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 327; Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, 1981, vol. 10, p. 490. MD

Estoque espada comprida || espada de dois fios, forjada em aço, que servia para matar os touros nas praças. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, pp. 327-328; Moraes, 1980, vol. II, p. 503. OV

 

Estoraque - bálsamo odorífero || árvore que produz esse bálsamo || licor extraído da árvore com o mesmo nome, a qual se assemelha ao marmeleiro. Existem três tipos de estoraque: o vermelho, por se achar que era aquele que havia sido ofertado no nascimento do menino Jesus, o segundo denominado de “calamita” que adquiriu o seu nome por antigamente, para melhor se conservar, vir numas caixas a que os latinos davam o nome de Calamus (segundo Bluteau, este é o melhor estoraque para a medicina), e o terceiro, de nome liquidus é uma substância viscosa, parda e de cheiro forte, que resulta da cozedura da casca da árvore daquele nome || almíscar, âmbar || incenso || espada triangular || pessoa leviana. Fontes: Moraes, 1952, vol. IV, p. 895; 1813, vol. I, p. 779; 1980, vol. II, p. 503; Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 328; Chernoviz, 1890, p. 1058. LR

Estrado - sobrado mais ou menos levantado acima do chão || degrau alto e largo que serve simultaneamente de móvel de assento e de pavimento podendo também servir de leito. Com efeito, esta plataforma acima do chão é onde as mulheres, em Portugal e Espanha, se sentam em almofadas. Geralmente coberto de carpetes, alcatifas, o estrado servia ainda para nele se colocar o trono, o altar ou o móvel de assento de personalidades importantes. Essa importância era realçada, consoante o número dos seus degraus || armação em que assenta o colchão da cama. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 330; Moraes, 1980, vol. II, p. 505; Silva e Calado, 2005, p. 114; Sousa e Bastos, 2004, p. 54. AD 

 

Estrebaria – espécie de curral onde ficam recolhidos os cavalos; cavalariça. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 335; Moraes, 1980, vol. I, p. 1166. OV

Estribeira – estribo usado na forma de montar à gineta || degrau para subir ao carro; estribo. Fontes: Moraes, 1980, vol. II, p. 509; Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 343. RF

Estribo – arreio de dorso; peça de metal, ou madeira, em forma de aro ou argola, presa por uma suspensão de couro (loro) à sela, e que serve de ponto de apoio ao pé do cavaleiro || espécie de degrau em coche, carruagem, locomotiva, etc., em que se põe o pé para facilitar a subida || contraforte que serve de arrimo a um arco. Fontes: Moraes, 1980, vol. II, p. 509; Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 344. RF 

 

Estrollegia – astrologia. Fonte: D. Duarte, 1942, p. 154. LR

 

Estrollego – astrólogo. Fonte: D. Duarte, 1942, p. 154. LR

 

Estucha, estuche - peça de ferro ou madeira que se coloca nos orifícios para os vedar || sentido popular: empenho, particular protecção || coisa extravagante. Fonte: Moraes, 1980, vol. II, p. 512. OV

 

Estupor – entorpecimento geral e diminuição das capacidades intelectuais. Adormecimento de alguma parte do corpo || princípio de paralisia, apoplexia, hemiplegia. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 351; Moraes, 1813, vol. I, p. 787; Chernoviz, 1890, p. 1067. LR

 

Estupor dos dentes – boto; era solucionado mediante a mastigação de avelãs ou amêndoas. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 351. LR

 

Euforbio, euphorbio – planta que nasce na Líbia, no monte Atlas. Esta planta produz uma resina friável, branca ou amarela, solúvel em azeite, e tem a propriedade de resolver e atenuar. É purgante e esternutatório violento. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 364; Moraes, 1813, vol. I, p. 790; Roque, 1979, p. 156. LR

 

Eufrásia, euphrásia, euphrasia, eufrágia, eufragia – erva à qual se dá o nome de oftálmica, por ter propriedades benéficas para a vista. Planta pequena, que só dura cerca de três meses no Verão. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. III, pp. 360, 364; Moraes, 1813, vol. I, p. 790. LR

 

Evo – duração de tempo que teve início, mas não tem fim. Difere de eternidade por esta não ter nem início nem fim || século || espécie de peixe. Fontes: Moraes, 1952, vol. IV, p. 975; 1813, vol. I, p. 791; Bluteau, 1712-1728, vol. III, p. 362. LR

 

Extremado, estremado – finos, escolhidos || distinto. Fontes: Moraes, 1813, vol. I, p. 783; D. Duarte, 1942, p. 126. LR

Ex-voto – objecto de uso comum (chapéu ou ramo de noiva) ou feito expressamente (quadro ex-voto, placa ex-voto) para oferecer por uma graça pedida ou recebida. Apresenta normalmente a data e uma inscrição acerca do acontecimento e do doador. Fonte: Thesaurus, 2004, p. 101. AR

Ex-voto antropomórfico – objecto oferecido a uma igreja, como ex-voto, que representa uma parte do corpo doente, para cuja cura foi pedida a obtenção de uma graça. Fonte: Thesaurus, 2004, p. 101. AR