J
  • 1
  • 2
  • 3
 

Jaca – fruto da jaqueira || chapéu alto; cartola || variedade de castanha || fêmea ovina dos seis meses aos dois anos || chefe de várias tribos africanas || cesto grande. Fonte: Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, 1981, vol. XIV, p. 672. AR

Jacarandá, iacaranda – pau-santo, pau-preto. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. IV, p. 4; Moraes, 1980, vol. III, p. 298. LR 

 

Jacareo – copo individual de estanho para o vinho com cerca de um quartilho e meio. Usado nos refeitórios da Companhia de Jesus em Portugal. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. IV, p. 503. CO 

 

Jacinto – lírio azul || pedra preciosa de cor azul. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. IV, pp. 5-6. LR

Jaez – no plural jaezes. Arreios, ornatos ou adornos para as cavalgaduras || espécie, qualidade, índole. Fontes: Moraes, 1980, vol. III, p. 299. Bluteau, 1712-1728, vol. IV, p. 6. RF

 

Jagonça – pedra preciosa || variedade do jacinto. Fontes: Barbosa, 1989, p. 65; Moraes, 1994, vol. III, p. 299. CO

 

Jagra, iagra, jagara, jagre – açúcar não refinado extraído da palmeira na Índia e em África. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. IV, p. 7; Dalgado, 1919-1921, vol. I, pp. 475-476; Moraes, 1994, vol. III, p. 299; Lexicoteca, 1985, vol. I, p. 1324. CO e LR

 

Jalapa, ialapa – planta purgativa usada contra os “humores” gálicos. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. IV, p. 7; Moraes, 1813, vol. II, p. 186; Chernoviz, 1890, pp. 252-253. LR

 

Jango – jogo infantil de cinco pedrinhas no Alentejo || facão ou mochete da região do Cuando, Angola || pavilhão circular dos quimbos angolanos || tribunal || clube. Fontes: Machado, 1991, vol. III, p. 481; Moraes, 1994, vol. III, p. 301. CO

 

Jangoma – fruto da Índia, que cresce em árvore semelhante à ameixieira, sendo, por isso, também conhecido como ameixa da Índia. Fontes: Linschoten, 1998, p. 211; Dalgado, 1919-1921, vol. I, p. 486; Moraes, 1994, vol. III, p. 301. CO

 

Jantar d’El Rei – mantimentos que a população dava ao rei sempre que o mesmo visitava uma vila do seu território, destinando-se à alimentação daqueles que acompanhavam o monarca. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. IV, p. 13. LR

 

Jantar, iantar, ientar – refeição que se tomava pelo meio-dia; actual almoço. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. IV, pp. 12-13; Viterbo, 1965, vol. II, p. 335; Moraes, 1980, vol. III, p. 302. LR

 

Japona – jaquetão || o mesmo que bebedeira. Fonte: Moraes, 1980, vol. II, p. 168. OV

Jaqueta, jaquetá, iaqueta, jaquete – casaco masculino curto e sem abas, que se ajusta ao corpo || véstia || vestimenta militar de preço considerável que antigamente os portugueses davam o nome de perpunto por ser bem almofadado || casaco de seda ou de algodão. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. IV, pp. 14-15; Viterbo, 1965, vol. II, p. 336; Moraes, 1980, vol. III, p. 303; Lexicoteca, 1985, vol. I, p. 1327. LR e CO

 

Jaquetão – jaqueta larga normalmente de pano grosso e que desce um pouco abaixo do joelho ou da cintura; casaco assertoado de homem. Fontes: Moraes, 1994, vol. III, p. 303; Lexicoteca, 1985, vol. I, p. 1327. CO

 

Jaqui - armadura dos antigos cavaleiros. Fonte: Viterbo, 1983-1984, vol. II, p. 336. CO

 

Jarra martabana – pote ou jarra de fabrico indiano (Martabão) de grandes dimensões, para guardar água, óleo, vinho, e outros líquidos, durante as viagens da Índia para Portugal. Fontes: Linschoten, 1998, pp. 80, nota 28, 112-113, 180, 392; Dalgado, 1919-1921, vol. I, pp. 488-489. CO 

 

Jarrear – beber em quantidade considerável aos jarros e às jarras; beber vinho. Fonte: Dias, 2003, vol. VI, p. 375. NP

 

Jarretar, iarretar – cortar os nervos ou tendões dos jarretes; genericamente, cortar tendões || impedir alguém de fazer alguma coisa. Fontes: Moraes, 1954, vol. VI, p. 60; 1813, vol. II, p. 187; Bluteau, 1712-1728, vol. IV, p. 16. LR

 

Jarrete - parte que se situa atrás da articulação do joelho. Fontes: Moraes, 1954, vol. VI, p. 60; 1813, vol. II, p. 187; Bluteau, 1712-1728, vol. IV, p. 16. LR

 

Jarrilhos, iarrilhos – cura de jarrilhos era o nome dado a uma espécie de tratamento do morbo gálico e que consistia em beber vários jarros ou púcaros de uma água fervida com salsa parrilha. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. IV, p. 16; Moraes, 1813, vol. II, p. 187; Arraiz, 1683, Parte I, pp. 89-81. LR

 

Javari forma antiga de javali || tipo de palmeira do Brasil. Fonte: Moraes, 1980, vol. III, p. 305. OV

 

Jeira – certa extensão ou medida de terreno, maior ou menor, conforme o uso das terras || antiga medida agrária || o terreno lavrado por uma junta de bois num dia || no Alentejo, porção de terra, na qual se pode semear quatro alqueires de trigo || no Norte, jorna dos alfaiates que trabalhavam nos domicílios || fôro, imposto, serviço de lavoura obrigatório e gratuito. Fontes: Moraes, 1980, vol. II, p. 171; Bluteau, 1712-1728, vol. IV, p. 45. OV e LR

 

Jejuar, jejunar, iejuar, jejuár – abster-se de alimento por um certo período de tempo || comer uma só vez ao dia e não carne || jejuar a pão e água: comer pão uma só vez ao dia e beber apenas água. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. IV, p. 37; Moraes, 1813, vol. II, p. 188; Dias, 2003, vol. VI, p. 376. NP

 

Joa adornos femininos (jóias, prendas, etc.) || bocal de canhão. Fontes: Moraes, 1980, vol. III, p. 308; Viterbo, 1965, vol. II, p. 337. OV

Joeira – espécie de peneira destinada a separar o trigo do joio e de outras sementes que estejam misturadas; ciranda; crivo || o que separa o bom do que é mau || engenho feito em junco com uma cobertura em couro || pequenos pedaços de palha que ficam no trigo || instrumento e pesca similar ao camaroeiro. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. V, p. 183; Moraes, 1980, vol II, p. 174; 1954, vol. VI, p. 75. OV e LR 

 

Jogo da Péla, pêla, pella – modalidade desportiva, antiga precursora do ténis; nos finais do séc. XVI, o jogo da péla era um dos exercícios mais habituais da fidalguia da corte, como demonstra o facto de haver um juiz especial encarregado de manter a sua boa ordenança; era jogado por seis parceiros, estando três em cada lado, com péla de couro que se enchia de ar com uma seringa. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. VI, pp. 375-376; Machado, 1996, vol. IV, p. 626; Moraes, 1994, vol. IV, p. 229; Lexicoteca, 1985, vol. II, p. 530. CO

Jogo das canas – jogo que podia ser jogado de duas formas e cuja forma mais comum envolvia a repartição de terreiro em duas partes e, ao centro de cada era colocado um poste. Em cada lado, ficava uma quadrilha de cavaleiros, bem alinhados, de trajos vistosos e engalanados. Um cavaleiro de cada quadrilha partia, de cada vez, direito ao outro e, depois de terem ultrapassado os respectivos postes, podiam lançar a cana que transportavam, à laia de lança, procurando atingir-se reciprocamente. Rodavam depois à frente dos postes e voltavam, saindo imediatamente outros dois. Havia outra variante deste jogo, o jogo das alcanzias, também conhecido pelo jogo das laranjas. Os cavaleiros atiravam uns aos outros as alcanzias, bolas frágeis de barro seco, do tamanho de uma laranja, contendo no interior flores, cinza ou doces, tentando acertar no corpo do cavaleiro ou cavalo. Fonte: Azevedo, 2001, vol. I, p. 49. CO 

 

Joiel, joyel – jóia pequena. IS

 

Jorim – tecido fino de algodão ou brocado da Índia. Fontes: Linschoten, 1998, pp. 93, 95, 389; Dalgado, 1919-1921, vol. I, p. 495; Moraes, 1994, vol. III, p. 310; Machado, 1991, vol. III, p. 495. CO

 

Jornada – distância temporal que vai entre o nascer e o pôr-do-sol || trajecto percorrido num dia || viagem por terra. Fonte: Moraes, 1980, vol. III, p. 310. OV

 

Jorne, jorné, jornea – capote para a chuva feito com juncos amassados e atados com cordéis || peça de vestuário usada sobre a cota de malha || camisola, na qual eram bordadas as armas da família. Fontes: D. Duarte, 1986, p. 36; Bluteau, 1712-1728, vol. IX, p. 526; Moraes, 1813, vol. II, p. 191. AR

 

Jubeteiro, jibiteiro, gibiteiro – o mesmo que algibebe || alfaiate especializado na confecção de gibões. Fontes: Moraes, 1980, vol. III, p. 311; Bluteau, 1712-1728, vol. IV, p. 211; Viterbo, 1965, vol. II, p. 37. RF

 

Jubote – o mesmo que gibanete. RF

 

Jugada - terra que uma junta de bois pode lavrar num dia || imposto que se pagava pela terra jugadeira, isto é, pela terra lavradia || junta de bois. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. IV, pp. 215-216; Moraes, 1980, vol. III, p. 312; Viterbo, 1965, vol. II, pp. 338-339. LR

 

Junco, júnco – planta aquática com talo longo, carnudo e pontiagudo, utilizada para atar feixes de palha e outros || embarcação usada nas costas da China. Fontes: Moraes, 1813, vol. II, p. 149; Bluteau, 1712-1728, vol. IV, p. 224. RF

 

Junípero – o mesmo que zimbro. Com as suas bagas faziam-se fumigações. Fontes: Chernoviz, 1890, p. 258; Roque, 1979, p. 325. LR

 

Justa – duelo ou combate à lança entre dois homens a cavalo || casaca, jaqueta, camisa, calças || copos de vinho para os convidados. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. IV, p. 232; Moraes, 1994, vol. III, p. 316; Viterbo, 1983-1984, vol. II, p. 340; Lexicoteca, 1985, vol. I, p. 1341. CO

 

Juta – planta de fibras têxteis. Fonte: Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, 1981, vol. XIV, p. 421. RF