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Oblação – oferenda feita a Deus ou aos Santos || o que se oferece ao pároco além dos dízimos e primícias. Fontes: Moraes, 1813, vol. II, p. 354; Bluteau, 1712-1728, vol. VI, p. 12. RF

 

Oblata – o que se oferece à divindade ou aos santos nas igrejas; oferenda || o pão e o vinho que o sacerdote oferece a Deus na missa || espécie de peixe. Fonte: Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, 1981, vol. XIX, p. 113. AR

 

Obra empeecivel – obra nociva. Fonte: D. Duarte, 1942, p. 43. LR

 

Obradas o mesmo que oblada, ou seja, oferenda, oblação, oferta || no Entre-Douro-Minho, aquando da morte de alguém era costume levarem da casa do defunto as ofertas de pão, vinho e cera para os párocos em prol da sua alma || pagamento dos paroquianos ao pároco || o que se oferece às divindades ou santos nas igrejas. Fontes: Moraes, 1980, vol. IV, p. 94; Viterbo, 1965, vol. II, p. 445. OV

 

Obradeira – ferro de fazer hóstias || mulher que levava à igreja as ofertas deixadas pelo testador. Fontes: Moraes, 1994, vol. IV, p. 94; Viterbo, 1983-1984, vol. II, p. 445; Lexicoteca, 1985, vol. II, p. 348. CO

 

Obras revessadas – o mesmo que obras más. Fonte: D. Duarte, 1942, p. 41. LR

 

Ocupação, acupaçam, occupação – acto ou efeito de ocupar || posse, emprego, trabalho, ofício || dedicação de tempo em algum exercício espiritual ou corporal. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. VI, p. 32; Dias, 2003, vol. VI, p. 33. NP 

 

Odre – espécie de vasilha de couro da pele do gado caprino, semelhante a um saco atado pela boca e estanque, destinado exclusivamente ao transporte de líquidos || pessoa gorda ou que bebe vinho em demasia. Fonte: Dias, 2003, vol. VI, p. 486; Bluteau, 1712-1728, vol. VI, p. 43; Moraes, 1980, vol. IV, p. 104. NP e LR

 

Odreiro, odrèiro – aquele que fabrica, conserta ou vende odres. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. VI, p. 43; Moraes, 1813, vol. II, p. 360; Dias, 2003, vol. VI, p. 486. NP

 

Odrete – odre pequeno. Fonte: Dias, 2003, vol. VI, p. 487. NP

 

Ofício – profissão, mester, ocupação || no sentido religioso designa a reza eclesiástica || alcofa que serve para colocar as ferramentas de um sapateiro. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. VI, pp. 47-49. LR

 

Oitavário, oitavârio, oitava – período de oito dias de festas religiosas || livro que tem a reza eclesiástica da oitava || no Império Romano correspondia ao tributo que se pagava das coisas que eram vendidas. Fontes: Moraes, 1954, vol. VII, p. 448; 1813, vol. II, p. 361; Bluteau, 1712-1728, vol. VI, p. 51. LR

 

Ola – folha de palmeira ou coqueiro na Índia; encanastrado de folhas de palmeira; folha de palmeira para escrever || carta ou documento escritos numa só folha || panela ou pote de barro || cartel || lâmina de ouro ou cobre || remoinho. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. VI, p. 53; Dalgado, 1919-1921, vol. II, pp. 117-118; Moraes, 1994, vol. IV, p. 109; Trindade, 1963, p. 357; Lexicoteca, 1985, vol. II, p. 375. CO

 

Olanda, holanda – pano da Holanda, que virou sinónimo de tecido de linho, desde o fino ao da roupa de cama || porcelana da Holanda. Fontes: Moraes, 1980, vol. III, p. 210; Bluteau, 1712-1728, vol. IV, p. 41. RF

 

Óleo de violas, óleo aviolado – violas é o mesmo que violeta. Óleo feito à base das flores de violeta. Segundo Plínio as capelas feitas à base de violetas e que se aplicavam na cabeça tinham o efeito de curar a embriaguez. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. VIII, p. 510. LR

 

Óleo golfão – óleo feito à base de golfão, isto é, de uma erva que nasce junto das lagoas ou águas estagnadas. A esta planta eram antigamente atribuídas propriedades sedativas e antiafrodisíacas. Fontes: Moraes, 1813, vol. I, p. 90; Chernoviz, 1890, p. 74. LR

 

Óleo indiano – óleo de palma. Fonte: Linschoten, 1998, p. 98, nota 75. CO

 

Olmafi, olmafí – marfim. Fonte: Viterbo, 1983-1984, vol. II, p. 447. CO

 

Omaxem – imagem. Fonte: Viterbo, 1983-1984, vol. II, p. 447. CO

 

Onça – peso antigo equivalente a 28,691 gramas; peso de oito dracmas; 576 grãos. Na Casa da Moeda a divisão da onça era feita da seguinte forma: a onça era a oitava parte de um marco e cada onça tinha quatro grãos e meio grandes e de pequenos setenta e dois grãos || pessoa destemida || forte || coisa ou acontecimento de importância || nome de algumas moedas em Espanha || moeda de ouro de 17 piastras || no Império Romano era a duodécima parte da libra || em Cabo Verde é a medida agrária que corresponde a 1089 m2 || jogo similar ao das damas || colchão || animal carnívoro da família dos felinos. Fontes: Moraes, 1954, vol. VII, pp. 487-488; 1813, vol. II, p. 365; Arenales Barrios, 1985, p. 207; Bluteau, 1712-1728, vol. VI, pp. 75-77. LR

Opa – manto amplo e comprido que chegava a arrastar pelo chão, provido de aberturas laterais das quais pendiam os braços. Nos trajes femininos, eram as opas golpeadas, o que permitia ver o vestuário que elas cobriam. Aida Dias especifica que era um manto de fazenda, de seda ou de brocado, adornado algumas vezes por peles no forro || veste justas ao corpo, sem mangas usada pelos membros das confrarias religiosas sobre o vestuário civil; é de cor preta e com um galão a orlar as mangas || a opa real é uma veste rica usada pelos reis no dia e momento da sua sagração ou durante cerimónias públicas. Fontes: Dias, 2003, vol. VI, p. 491; Bluteau, 1712-1728, vol. VI, pp. 81-82; Palla, 1992, pp. 48-49; Thesaurus, 2004, p. 168. NP e LR

 

Opala, ópalo – pedra preciosa matizada de várias cores || tulipa de quatro cores (amarela, dourado, vermelha, branca). Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. VI, pp. 82-83; Suplemento I, p. 93; Moraes, 1813, vol. II, p. 366; Chernoviz, 1890, p. 529. LR

 

Opiato, opiata – medicamento, electuário, ou qualquer mezinha onde entra ópio e, quando este falta, entra um narcótico em substituição daquele. Servia para atenuar as dores, vedar as câmaras, estancar hemorragias, provocar o sono, etc. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. VI, p. 87; Moraes, 1813, vol. II, p. 367; Chernoviz, 1890, p. 531; Arraiz, 1683, Parte I, p. 163. LR

 

Opilação, opilaçam, oppilaçaõ – acto de opilar || destruição || entupimento das veias por onde se libertam os humores. Fontes: Moraes, 1954, vol. VII, p. 514; 1813, vol. II, p. 367; Bluteau, 1712-1728, vol. VI, p. 90; Chernoviz, 1890, p. 532. LR

 

Opilado – aquele que tem as veias e poros entupidos. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. VI, p. 90. LR

 

Opilar, oppilar – o que causa opilação; obstrução || tapar portas. Bluteau, 1712-1728, vol. VI, p. 90; Moraes, 1813, vol. II, p. 367. LR

 

Optalmia – o mesmo que oftalmia (ophtalmia); inflamação dos olhos. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. VI, p. 93. LR

Oratório – pequena capela onde se pode celebrar a Santa Missa, com a autorização prévia do Papa || espécie de armário com duas portas que tem no seu interior um Cristo crucificado e/ou santos que convidam à oração; este móvel pode ser chamado de armariolum sacrum; o mesmo que oratório doméstico || existem ainda oratórios portáteis, em que a imagem religiosa é colocada numa caixa, cuja frente abre e que é levada de casa em casa para devoção privada. Este tipo de oratório é dotado de um compartimento para recolha de esmolas. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. VI, pp. 99-100; Moraes, 1813, vol. II, p. 369; Thesaurus, 2004, p.105. LR e AR  

 

Orchata – refresco feito com pevides de melancia, água e açúcar || espécie de xarope preparado com uma emulsão de amêndoas. Fonte: Lexicoteca, 1985, vol. II, p. 403. CO

 

Ordenação – cerimónia religiosa pela qual um cristão recebe um dos três graus do sacramento da ordem: diaconato, sacerdócio, episcopado. Fonte: Dicionário Temático Larousse, 1999, p. 466. AR

 

Ordo – cevada || espécie de calendário eclesiástico. Fontes: Moraes, 1994, vol. IV, p. 128; Viterbo, 1983-1984, vol. II, p. 450; Lexicoteca, 1985, vol. II, p. 404. CO

 

Orelheiras, orelheiros – brincos ou adornos para as orelhas || orelhas de animal || iguaria feita com feijão branco cozido e orelha de porco || parte dos bonés ou gorros que se baixa para resguardar as orelhas das intempéries || cabeçal; travesseiro. Fontes: Barbosa, 1989, p. 5; Dalgado, 1919-1921, vol. II, p. 123; Moraes, 1994, vol. IV, p. 129; Lexicoteca, 1985, vol. II, p. 405. CO

 

Orge – cevada. Fontes: Moraes, 1994, vol. IV, p. 140; Viterbo, 1983-1984, vol. II, p. 451; Lexicoteca, 1985, vol. II, p. 408. CO

 

Orices, orises – prateiros || ourives. Fonte: Viterbo, 1983-1984, vol. II, p. 451. CO

 

Ornamentos – nome dado em Quinhentos às alfaias do culto das igrejas e capelas. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. VI, p. 122. RF

 

Orraca – vinho de jarra, muito forte, usado na Ásia || espécie de aguardente redestilada de água de coco; aguardente de coco com vinho de palma. Fontes: Moraes, 1980, vol. IV, p. 134; Bluteau, 1712-1728, vol VI, p. 97. RF

Osas – botas medievais de cabedal ou couro. Fonte: Moraes, 1980, vol. IV, p. 137. RF

 

Osteda – pano de lã procedente de Ostende, Flandres || estofo antigo de França. Fontes: Moraes, 1954, vol. VII, p. 593; 1813, vol. II, p. 374; García Fernández, 2004, p. 137. LR

 

Ostedilha – osteda fina; espécie de tecido fino. Fonte: Moraes, 1980, vol. IV, p. 139; 1954, vol. VII, p. 593. RF

 

Ouregão, ouregaõ, ouregam – o mesmo que orégão. Fonte: Bluteau, 1712-1728, vol. VI, p. 145. LR

Ourelo, ourêlo, ourela – fita de pano grosso que se usa como rebordo de um outro tecido para o último não desfiar || extremidade de alguns panos grossos que se usa para fazer calçado. Fontes: Moraes, 1954, vol. VII, p. 609; 1813, vol. II, p. 375. LR

 

Ouvidor – oficial de justiça que ouve e despacha conforme o seu regimento || instrumento em forma de uma pequena trombeta que se coloca no ouvido para facilitar a audição. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. VI, pp. 161-162; Moraes, 1813, vol. II, p. 377. LR

 

Ouvidoria – ofício de ouvidor ou o território de um ouvidor. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. VI, p. 162; Moraes, 1813, vol. II, p. 377. LR

Oveiro, oveira – recipiente para ovos. Fonte: Oviedo y Escudero, 1870, p. 281. IS

 

Oximel, oxymel – mistura de vinagre, mel e água. A base de todo o oximel é o vinagre pelos seus efeitos atenuantes, que abre as obstruções do baço e do fígado e expele a urina. É usado também em gargarejos na esquinância. Fontes: Moraes, 1954, vol. VII, p. 633; 1813, vol. II, p. 379; Bluteau, 1712-1728, vol. VI, pp. 165-166; Chernoviz, 1890, p. 587. LR

 

Ozagre – doença que surge nos bebés e que se caracteriza pelo aparecimento de pequenas pústulas na cabeça. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. VI, p. 166; Moraes, 1813, vol. II, p. 379; Chernoviz, 1890, p. 587. LR

 

Ozena, osena – chaga podre do nariz que comunica com o hálito expelindo um cheiro repugnante. Fontes: Bluteau, 1712-1728, vol. VI, p. 166; Moraes, 1813, vol. II, p. 379; Chernoviz, 1890, pp. 587-588. LR